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POLÊMICA
Mudança do nome do CCSP pode cair
DA REPORTAGEM LOCAL
A três dias dos 20 anos da instituição, segue o anticlima provocado pela aprovação da mudança do nome do Centro Cultural São Paulo para Centro Cultural São Paulo Manabu Mabe.
Na última segunda, o vereador
Antonio Goulart (PMDB) apresentou na Câmara Municipal
projeto de lei que pede a revogação da Lei 13.301, publicada em 3
de maio no "Diário Oficial do
Município". Ou seja, a alteração
pode cair.
A lei que agregou Manabu Mabe (1924-1998) ao nome original
é de autoria do vereador Jooji
Hato (PMDB). Havia cerca de
cinco anos ele investia na proposta sob alegação de homenagear o pintor japonês que imigrou com a família para o interior paulista aos dez anos.
A lei foi promulgada pelo vereador Vanderlei de Jesus (PL)
após tramitar pelas mesas do
presidente da Câmara, José
Eduardo Cardozo (PT), e da prefeita Marta Suplicy (PT), que se
abstiveram do veto e, indiretamente, colaboraram para a promulgação.
"Em que pesem as qualidades
do falecido pintor, a notícia da
aprovação da proposta legislativa desencadeou, por parte de vários segmentos da sociedade civil, manifestações veementes e
contrárias à alteração da denominação do Centro Cultural São
Paulo", escreve Goulart em seu
projeto de lei.
Entidades como a Associação
dos Amigos do Centro Cultural,
Movimento Defenda São Paulo e
Ordem dos Advogados do Brasil, além do crítico de teatro Sábato Magaldi e da escritora Lygia
Fagundes Telles, também se manifestaram contrariamente.
A premissa, diz o diretor do
CCSP, Carlos Augusto Calil, é a
de que a instituição multidisciplinar não combinaria com uma
denominação que restringisse
determinada linguagem -no
caso de Manabu Mabe, as artes
visuais.
Goulart afirma que há possibilidade de a revogação ser votada
na próxima semana, "dependendo da mobilização de artistas
e intelectuais" para pressionar a
Câmara. Do contrário, o documento seguirá tramitação comum pelas comissões, o que dura em média três meses.
(VS)
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