DA REDAÇÃO

A geração é a mesma, mas os caminhos artísticos e os tempos de explosão no cenário musical são distintos. O que não impede que Kid Abelha e o cantor Lenine ajustem afinidades para subir ao palco, hoje, no parque Ibirapuera e repitam o encontro ocorrido no "Acústico MTV" do trio, especificamente na nova versão de "Na Rua, na Chuva, na Fazenda".
Vinte anos atrás, as distâncias físicas e estilísticas eram grandes. Enquanto o recifense Lenine fazia sua estréia, em 1983, com um "Baque Solto" que explorava detalhadamente o maracatu, no Rio, o Kid Abelha fazia seus preparativos para estourar no pop rock nacional um ano depois com "Seu Espião".
Para ambos, origens distintas não inviabilizam a união: "O que importa é a música tocar na alma das pessoas, não o nome que a imprensa ou o mercado dão a ela, rótulo é bobagem", diz a cantora Paula Toller.
"Tratando-se de música, o que vale é a possibilidade de rolar uma química. Música é, antes de qualquer coisa relação, ponte, estreitamento. Tocar com o Kid não foi diferente do meu trabalho com Francis Hime, por exemplo", completa Lenine.

Sucessos
Mas em boa parte da apresentação de hoje, a química terá de ser conseguida com o público, separadamente. Lenine é o primeiro a tocar, com repertório baseado em seus maiores sucessos, caso de "Jacksoul Brasileiro" e "Hoje Eu Quero Sair Só".
O Kid Abelha dá continuidade à turnê desplugada, o que significa que hits como o cover de Claudinho e Buchecha "Quero te Encontrar", além de "Te Amo pra Sempre" e "Grand" Hotel", deverão ser recebidos pelo público.
A seguir, os quatro finalizam o show com "Na Rua", o clássico do soulman Hyldon, e prometem outras surpresas antes do encerramento.