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Trabalho de Daniela Goulart, que utiliza técnicas de plotagem

JULIANA MONACHESI
free-lance para a Folha

Transitar entre Batman, uma visão panorâmica da cidade de São Paulo em 1922, imagens de travestis, uma fotografia de Carlos Drummond de Andrade quando criança e placas de alumínio com revelação seletiva que parecem o retrato de vestígios da memória não é um passeio possível todos os dias. Esta interessante mistura vai só até hoje no MIS, quando terminam três das cinco exposições em cartaz no museu.
"Minas: memorial" e "Minas: contemporânea" fazem parte do 4º Mês Internacional da Fotografia e fornecem um panorama da fotografia mineira. A outra exposição que termina hoje é a de Valério Vieira (veja texto abaixo).
Segundo o curador de "Minas: minas", Bernardo Magalhães, o objetivo da mostra foi ocupar o vácuo referente à fotografia no crescente destaque que as artes mineiras têm alcançado. "Após essa mostra, a fotografia mineira passou a ter peso", afirma.
Na parte dedicada ao acervo histórico, Magalhães destaca o trabalho de Chichico Alkmim, que deixou um acervo de 5.000 negativos, resultado de 50 anos de trabalho registrando a cidade mineira em que viveu quase toda sua vida, Diamantina. "Aquelas fotos são de uma contemporaneidade incrível", diz.
No segundo andar, onde está exposta a produção atual dos fotógrafos mineiros, a heterodoxia impera. Vamos da plotagem digital de Letícia Grandinetti ao fotojornalismo de Auremar de Castro ("Mondo Cane") e de Lincoln Continentino ("Brasil 2000").
Aproveite para ver no MIS "Marcas na Memória", de Marcos Magaldi, e "Batman - A Trajetória (a visão do artista brasileiro)".



Exposição: Minas, Minas - Memorial e Contemporânea
Onde: MIS - Museu da Imagem e do Som (av. Europa, 158, tel. 280-0896)
Quando: das 14h às 22h
Quanto: entrada franca


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