São Paulo, quinta, 19 de março de 1998

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SHOWS
O alemão, apontado como um dos melhores DJs do mundo pela revista "DJ Magazine", se apresenta no B.A.S.E
DJ Paul van Dyk lança o single "Words"

free-lance para a Folha

MARCELO NEGROMONTE
free-lance para a Folha

Cumprindo a promessa de trazer os melhores DJs do mundo apontados pela revista "DJ Magazine", o clube B.A.S.E será palco hoje do alemão Paul van Dyk, dentro do projeto Camel Connection, patrocinado pela marca de cigarros.
A festa marca o lançamento do single "Words", extraído do último álbum de Dyk, "Seven Ways", segundo álbum do DJ, lançado em 96 pela gravadora MFS (Masterminded for Success).
Um dos papas do trance (com variações mais melódicas), Dyk, 26, nasceu (em Eisenhuettenstadt) e cresceu (em Berlim) na ex-Alemanha Oriental, e se mudou para a parte ocidental de Berlim uma semana antes da queda do muro, em 89. "Era uma grande porcaria morar na parte oriental", disse.
"Meu primeiro contato musical foi com o The Smiths e New Order, no começo dos anos 80. Depois, em 85, tomei conhecimento da antiga house music, que captávamos e gravávamos das emissoras de rádio de Berlim Ocidental, que também tocavam bons hip hop, o que eu chamaria de "dance music progressiva", além de outras coisas interessantes".
O trabalho de DJ começou "da forma mais underground possível", segundo ele. "Colocava as fitas que gravava das rádios em festas nos porões nas casas de amigos, o que era proibido."
Residente do clube E-werk, em Berlim, Dyk promove festas mensais com convidados como os DJs Sasha e Carl Cox. "O clube fica numa antiga fábrica de produtos eletrônicos, daí o nome", disse. "Mas, óbvio, o "E" do nome tem a ver com outra coisa", afirmou, sugerindo a abreviação de ecstasy.
Sobre sua música, Dyk não considera que seja trance. "Faço dance music eletrônica. Não acho que minha música tenha a ver com trance. Isso é um rótulo criado por jornalistas."
Diferenças
Paul van Dyk vê diferenças básicas entre a música eletrônica da Alemanha, Reino Unido e EUA. "Os americanos estão mais voltados a house e break beat; os britânicos seguem uma linha mais sequenciada, viajante, como o drum'n'bass; e os alemães privilegiam o lado mais sincopado, mais "pés no chão", um som mais cru."
Do Brasil, que vem pela primeira vez, Dyk espera que seja "tão legal" quanto um documentário sobre Carnaval que assitiu na TV.

O quê: Camel Connection com DJ Paul van Dyk Onde: Clube B.A.S.E (av. Brigadeiro Luís Antônio, 1.137, região central, tel. 011/606-3244) Quando: hoje, às 22h Quanto: de R$ 15 a R$ 25


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