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SHOWS
O alemão, apontado como um dos melhores DJs do mundo pela revista "DJ Magazine", se apresenta no B.A.S.E
DJ Paul van Dyk lança o single "Words"
free-lance para a Folha
MARCELO NEGROMONTE
free-lance para a Folha
Cumprindo a promessa de trazer
os melhores DJs do mundo apontados pela revista "DJ Magazine",
o clube B.A.S.E será palco hoje do
alemão Paul van Dyk, dentro do
projeto Camel Connection, patrocinado pela marca de cigarros.
A festa marca o lançamento do
single "Words", extraído do último álbum de Dyk, "Seven Ways",
segundo álbum do DJ, lançado em
96 pela gravadora MFS (Masterminded for Success).
Um dos papas do trance (com
variações mais melódicas), Dyk,
26, nasceu (em Eisenhuettenstadt)
e cresceu (em Berlim) na ex-Alemanha Oriental, e se mudou para
a parte ocidental de Berlim uma
semana antes da queda do muro,
em 89. "Era uma grande porcaria
morar na parte oriental", disse.
"Meu primeiro contato musical
foi com o The Smiths e New Order, no começo dos anos 80. Depois, em 85, tomei conhecimento
da antiga house music, que captávamos e gravávamos das emissoras de rádio de Berlim Ocidental,
que também tocavam bons hip
hop, o que eu chamaria de "dance
music progressiva", além de outras coisas interessantes".
O trabalho de DJ começou "da
forma mais underground possível", segundo ele. "Colocava as fitas que gravava das rádios em festas nos porões nas casas de amigos, o que era proibido."
Residente do clube E-werk, em
Berlim, Dyk promove festas mensais com convidados como os DJs
Sasha e Carl Cox. "O clube fica numa antiga fábrica de produtos eletrônicos, daí o nome", disse.
"Mas, óbvio, o "E" do nome tem a
ver com outra coisa", afirmou, sugerindo a abreviação de ecstasy.
Sobre sua música, Dyk não considera que seja trance. "Faço dance
music eletrônica. Não acho que
minha música tenha a ver com
trance. Isso é um rótulo criado por
jornalistas."
Diferenças
Paul van Dyk vê diferenças básicas entre a música eletrônica da
Alemanha, Reino Unido e EUA.
"Os americanos estão mais voltados a house e break beat; os britânicos seguem uma linha mais sequenciada, viajante, como o
drum'n'bass; e os alemães privilegiam o lado mais sincopado, mais
"pés no chão", um som mais cru."
Do Brasil, que vem pela primeira
vez, Dyk espera que seja "tão legal" quanto um documentário sobre Carnaval que assitiu na TV.
O quê: Camel Connection com DJ Paul van
Dyk
Onde: Clube B.A.S.E (av. Brigadeiro Luís
Antônio, 1.137, região central, tel.
011/606-3244)
Quando: hoje, às 22h
Quanto: de R$ 15 a R$ 25
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