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ARTES
Temporada de 1999 chega ao fim na próxima semana, quando terminam outras 19 mostras na cidade
Oito exposições saem de cartaz hoje
DEMETRIUS CAESAR
free-lance para a Folha
O calendário de exposições 99
está prestes a acabar. Faltam duas
semanas para o fim do ano e as
poucas galerias ainda estão abertas anunciam o término da temporada (veja quadro ao lado).
Hoje fecham oito mostras. Semana que vem, outras 19 despedem-se do público.
Estão nos seus últimos dias as
mostras de Tomie Ohtake, Sarro e
os "clássicos" Deisi Giacometti e
Franco De Renzis -estes últimos
encerram o primeiro ano de exposições da Casa da Fazenda do
Morumbi, inaugurada em janeiro
(veja roteiro à pág. Especial - 3).
Entre os que saem de cartaz hoje
está o carioca Cabelo, na Galeria
Luisa Strina, que teve sua mostra
ampliada 15 dias (deveria ter acabado em novembro). Surrealista,
suas pinturas são abstrações de
cores e riscos, sempre com muito
humor.
Chris Biondi apontou sua pesquisa para a densidade e volume
na tela. Suas acrílicas tentam enganar o olhar do espectador sugerindo espaços inexistentes.
A Gravura Brasileira é uma sala
especializada que trouxe a mostra
"Fólios 10", com mais de cem artistas, para fechar 99 em grande
estilo. Há, só até hoje, uma série
de fotos com gravuras dos anos 60
e 70 perfazendo uma verdadeira
história desse suporte.
"Registros Gráficos" também é
a aposta do Escritório de Arte Lúcia Ferreira Carvalho em gravuras, aqui acompanhada de desenhos.
Já a Galeria Francine, também
especializada, fez das jóias um lugar para a arte. Seus 16 designers
criaram peças funcionais, decorativas, mas com um olho voltado
para as discussões da arte contemporânea.
Uma proposta bem diferente é a
da Associação dos Artistas Coreanos do Brasil, que uniu três gerações para discutir a tradição que
sobreviveu durante um século de
história.
Em "Simbioses: Tempo, Pedras
e Metais", a artista paranaense
Miriam Mamber, também no ramo das jóias, expõe na galeria que
leva seu nome. São brincos e colares que, além de materiais nobres,
como ouro e prata, trazem fungos, sementes e folhas na sua fabricação, dando um toque rústico
no acabamento final.
Por fim, "O Nativo na Linguagem Contemporânea". Trata-se
de uma coletiva de designers interessados em interagir o artesanato brasileiro com suas origens
africanas e indígenas. Última
oportunidade de ver este trabalho
exótico e de impacto visual.
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