São Paulo, Quinta-feira, 23 de Dezembro de 1999


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ARTES
Temporada de 1999 chega ao fim na próxima semana, quando terminam outras 19 mostras na cidade
Oito exposições saem de cartaz hoje


DEMETRIUS CAESAR
free-lance para a Folha

O calendário de exposições 99 está prestes a acabar. Faltam duas semanas para o fim do ano e as poucas galerias ainda estão abertas anunciam o término da temporada (veja quadro ao lado).
Hoje fecham oito mostras. Semana que vem, outras 19 despedem-se do público.
Estão nos seus últimos dias as mostras de Tomie Ohtake, Sarro e os "clássicos" Deisi Giacometti e Franco De Renzis -estes últimos encerram o primeiro ano de exposições da Casa da Fazenda do Morumbi, inaugurada em janeiro (veja roteiro à pág. Especial - 3).
Entre os que saem de cartaz hoje está o carioca Cabelo, na Galeria Luisa Strina, que teve sua mostra ampliada 15 dias (deveria ter acabado em novembro). Surrealista, suas pinturas são abstrações de cores e riscos, sempre com muito humor.
Chris Biondi apontou sua pesquisa para a densidade e volume na tela. Suas acrílicas tentam enganar o olhar do espectador sugerindo espaços inexistentes.
A Gravura Brasileira é uma sala especializada que trouxe a mostra "Fólios 10", com mais de cem artistas, para fechar 99 em grande estilo. Há, só até hoje, uma série de fotos com gravuras dos anos 60 e 70 perfazendo uma verdadeira história desse suporte.
"Registros Gráficos" também é a aposta do Escritório de Arte Lúcia Ferreira Carvalho em gravuras, aqui acompanhada de desenhos.
Já a Galeria Francine, também especializada, fez das jóias um lugar para a arte. Seus 16 designers criaram peças funcionais, decorativas, mas com um olho voltado para as discussões da arte contemporânea.
Uma proposta bem diferente é a da Associação dos Artistas Coreanos do Brasil, que uniu três gerações para discutir a tradição que sobreviveu durante um século de história.
Em "Simbioses: Tempo, Pedras e Metais", a artista paranaense Miriam Mamber, também no ramo das jóias, expõe na galeria que leva seu nome. São brincos e colares que, além de materiais nobres, como ouro e prata, trazem fungos, sementes e folhas na sua fabricação, dando um toque rústico no acabamento final.
Por fim, "O Nativo na Linguagem Contemporânea". Trata-se de uma coletiva de designers interessados em interagir o artesanato brasileiro com suas origens africanas e indígenas. Última oportunidade de ver este trabalho exótico e de impacto visual.


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