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"CAPITÃO SKY E O MUNDO DE AMANHÃ"
Longa é festa de referências ao cinema
LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA
A Mostra de Kiarostami e
Guy Maddin brinca de
blockbuster americano ao passar
a interessante ficção retrô "Capitão Sky e o Mundo de Amanhã",
um dos filmes recentes de Jude
Law que botam o ator na ordem
do dia em Hollywood.
Combinando tecnologia moderna com a nostalgia dos seriados dos anos 40, "Capitão Sky" é
uma festa de referências e homenagens ao cinema, que pode ir de
um "Indiana Jones" da geração
Macintosh até "Guerra dos Mundos" e "Godzilla".
Law e Gwyneth Paltrow (e um
pouco de Angelina Jolie) estrelam
o filme. Ele é um aviador free-lance à serviço da verdade e da justiça, acionado toda vez que o mundo precisa de sua ajuda. Ela, uma
repórter abelhuda que faz tudo
por uma boa história, principalmente uma do tipo que renderia
manchetes sobre robôs-monstros
destruindo grandes cidades do
mundo sob o comando de um
cientista maluco que tem idéias de
ser o Noé, botar casais de animais
em uma arca robótica e começar
nova vida em outro planeta.
Ambientada na Nova York de
1939, a cidade mais destruída da
história do cinema, a aventura foi
totalmente filmada em um fundo
azul, só mais tarde substituído
por cenários virtuais.
O atrativo visual de "Capitão
Sky" só não o transforma num filme maior pela ausência de seqüências daquelas memoráveis.
Mas o filme consegue seu brilho
ao botar personagens-arquétipos
da ingenuidade dos seriados antigos para colidir com um cenário
ultramoderno de ficção científica.
E, parece, essa era a idéia do diretor estreante Kerry Conran.
Outro charme de "Capitão Sky"
é dar o mesmo peso ao conflito
mundial tão em voga (que aqui é
"só" uma invasão de robôs gigantes) e a um conflito pessoal, que
rende um final engraçado.
Capitão Sky e o Mundo de Amanhã
Sky Captain and the World of Tomorrow
Direção: Kerry Conran
Produção: EUA/Inglaterra/México, 2004
Quando: hoje, às 17h20, no Cinearte 1
(outras sessões dias 31 e 4/11)
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