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São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 2003

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Alemão John Boch prega a interatividade

DA REPORTAGEM LOCAL

John Boch é o "enfant terrible" da arte alemã. Suas obras, especialmente as performances, sua principal atividade, são uma mescla de situações cômicas, absurdas e enigmáticas. Herdeiro artístico de Joseph Beuys, o grande artista alemão do século 20, Boch, nascido em 1965, atualiza seu mentor no século 21.
No Brasil, Boch apresenta cinco esculturas. "Como não vou realizar performances aqui, deixo ao público a possibilidade de participar de forma ativa", diz o artista. Em cada uma das obras aqui produzidas, pode-se participar de maneiras variadas, seja rodando manivelas, enfiando a cabeça em seus bonecos ou sendo flagrado por câmeras que reproduzem as imagens na escultura.
Cada uma delas refere-se a um personagem, em sua maioria históricos, como a rainha Maria Antonieta, guilhotinada em 1793, após a vitória da Revolução Francesa. "Ela representa o início da democracia na Europa", diz.
Há também o inglês George Mallory, cujo corpo foi encontrado, em 1924, congelado no pico Everest -não se sabe se conseguiu chegar ao seu topo ou não-, e o neozelandês Edmund Hilary, considerado o primeiro alpinista a chegar ao topo da montanha, em 1953. "O desejo de ascensão é a característica principal do capitalismo, e a arte não deve seguir esse modelo, mas o da combinação, da colagem", afirma Boch, cuja formação é, justamente, em economia.
Em Veneza, o artista volta a realizar performances, dessa vez com quatro modelos que utilizam oito roupas desenhadas por ele mesmo, outra de suas formas de expressão. (FCY)


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