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Alemão John Boch prega a interatividade
DA REPORTAGEM LOCAL
John Boch é o "enfant terrible" da arte alemã. Suas
obras, especialmente as performances, sua principal atividade, são uma mescla de
situações cômicas, absurdas
e enigmáticas. Herdeiro artístico de Joseph Beuys, o
grande artista alemão do século 20, Boch, nascido em
1965, atualiza seu mentor no
século 21.
No Brasil, Boch apresenta
cinco esculturas. "Como não
vou realizar performances
aqui, deixo ao público a possibilidade de participar de
forma ativa", diz o artista.
Em cada uma das obras aqui
produzidas, pode-se participar de maneiras variadas, seja rodando manivelas, enfiando a cabeça em seus bonecos ou sendo flagrado por
câmeras que reproduzem as
imagens na escultura.
Cada uma delas refere-se a
um personagem, em sua
maioria históricos, como a
rainha Maria Antonieta, guilhotinada em 1793, após a vitória da Revolução Francesa.
"Ela representa o início da
democracia na Europa", diz.
Há também o inglês George Mallory, cujo corpo foi
encontrado, em 1924, congelado no pico Everest -não
se sabe se conseguiu chegar
ao seu topo ou não-, e o
neozelandês Edmund Hilary, considerado o primeiro
alpinista a chegar ao topo da
montanha, em 1953. "O desejo de ascensão é a característica principal do capitalismo, e a arte não deve seguir
esse modelo, mas o da combinação, da colagem", afirma Boch, cuja formação é,
justamente, em economia.
Em Veneza, o artista volta
a realizar performances, dessa vez com quatro modelos
que utilizam oito roupas desenhadas por ele mesmo,
outra de suas formas de expressão.
(FCY)
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