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TEATRO
Atriz está em projeto no Senac
Bete Coelho fala do ator com estudantes
VALMIR SANTOS
especial para a Folha
Para Bete Coelho, 35, o ator brasileiro é dos mais talentosos do
mundo e a pecha de que, nele, o
instinto prevalece sobre a técnica
é uma "bobagem" propagada para subestimá-lo.
Acumulando trabalhos com
grandes encenadores ao longo de
quase 20 anos de carreira, a atriz
expõe seus pontos de vista sobre o
ofício em mais um encontro "Personalidades do Teatro Brasileiro",
que acontece hoje no auditório do
Senac.
"Como em qualquer profissão,
a interpretação exige informação
e conhecimento técnico", explica
Bete.
Premiada várias vezes, a última
pelo papel-título em "Cacilda!"
(1998) , a atriz mineira discorda
de Antunes, por exemplo, quando
ele aponta a voz como uma das
principais deficiências do ator
brasileiro.
"O português é difícil de ser dito, tem muitas consoantes se
comparado à musicalidade do inglês, mas o maior problema é andar, estar no palco, encontrar seu
espaço", afirma.
A experiência recente como diretora ("Pentesiléias" e "O Caderno Rosa de Lori Lamby") vem somar-se ao potencial da atriz reinventado a cada espetáculo. No
momento, ela ensaia o monólogo
"O Pai", de Cristina Mutarelli, sob
direção de Paulo Autran. Também estão nos planos a remontagem de "O Processo", com Gerald
Thomas.
Na sua quinta edição, o "Personalidades do Teatro Brasileiro" já
recebeu os atores Paulo Autran,
Raul Cortez, Lélia Abramo e Walderez de Barros. A partir do próximo ano, o Senac vai privilegiar
os diretores.
O quê: Personalidades do Teatro
Brasileiro, com Bete Coelho
Quando: hoje, 20h
Onde: Auditório do Senac (r. Scipião, 67,
Lapa, tel. 3873-6722)
Quanto: grátis (150 lugares, reservas por
telefone)
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