especial para a Folha

Uma leitura dramática liderada por José Celso Martinez Corrêa é sempre um espetáculo à parte.
Anteontem, numa espécie de "ensaio da leitura" de "Cacilda 3", 33 atores reuniram-se em torno do encenador no teatro Oficina. Textos em punho, preparavam-se para o evento no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), como parte das comemorações de reabertura da casa, fechada para reforma desde janeiro.
A nova peça contempla a fase TBC de Cacilda Becker (1921-69) e faz parte da tetralogia de Zé Celso sobre a atriz. A primeira montagem, "Cacilda!" (98), jogou luz sobre a biografia da atriz, da infância à fatídica encenação de "Esperando Godot", de Beckett.
Agora é a vez de conferir a relação com o "empresário imperador" Franco Zampari, com o diretor Adolfo Celi, Ziembinski, Tônia Carrero, Abílio Pereira de Almeida e outros, todos personagens de "Cacilda 3".
"Vamos "voduzar" o TBC, a "casa da abundância", para que ele volte a ser o teatro brasileiro das companhias, para que fique visível a idéia de que teatro é equipe grande, como uma sinfônica", projeta Zé Celso, 62, sobre a leitura da peça, que ainda não tem perspectiva de montagem. (VS)