São Paulo, terça-feira, 05 de dezembro de 2000

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Mercado já sente procura maior

DA REPORTAGEM LOCAL

A maior demanda dos europeus pela soja brasileira já começou a ser sentida pelos exportadores nacionais.
Segundo o economista Fernando Muraro Júnior, da Cotriguaçu (Cooperativa Central Regional Iguaçu), no Paraná, essa procura tem contribuído para o aumento dos preços do grão e do prêmio (espécie de bônus) pago pelos importadores para obter o produto.
De acordo com ele, no mês de novembro, a saca para embarque entre 15 de março e 15 de abril no porto de Paranaguá subiu de US$ 10,30 para US$ 10,80.
O bônus pago pelos europeus subiu cerca de US$ 2/t no período. A cotação da soja está atualmente em cerca de US$ 180/t.
Para Muraro, o Brasil tem uma grande vantagem competitiva na Europa em relação aos seus concorrentes: o fato de não produzir soja transgênica.
"A vaca louca vem para aumentar ainda mais o pânico dos europeus em relação à segurança alimentar. Produzir soja natural é um trunfo do Brasil", diz.
Muraro está esperando para o próximo ano um período de ótimos preços para o grão.
"Se for concretizada a importação adicional de 2 milhões de t de soja na Europa, os preços serão certamente melhores do que nos últimos três anos", afirma.
Para ele, no entanto, somente um fator pode limitar as cotações do grão: uma supersafra na América do Sul. "Mas isso é pouco provável. Se for confirmada uma safra brasileira de 34 milhões de t, o ano será muito bom."


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