São Paulo, Terça-feira, 11 de Janeiro de 2000


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São Paulo vai exportar mais

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A criação da zona livre de febre aftosa deverá impulsionar as exportações da carne brasileira para os Estados Unidos e países da Europa e da Ásia, que compram o produto de regiões declaradas imunes à doença, reconhecidas pela OIE.
Quem aposta é o secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, João Carlos Meirelles. Ele estima que o país poderá dobrar o volume e a receita cambial do produto em seis anos.
"As vendas externas podem chegar em 2005 a US$ 2 bilhões, referentes a 1 milhão de t. Este ano, o faturamento deverá chegar a US$ 900 milhões, com o embarque de 550 mil t para o exterior", calcula Meirelles.
Edvar Vilela de Queiroz, membro da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), diz que a indústria frigorífica paulista será prejudicada com a zona livre, pois São Paulo é dependente do boi e da carne de Mato Grosso do Sul.
Ele diz que no próximo dia 19 terá uma audiência com o ministro Pratini de Moraes, da Agricultura, quando solicitará permissão para desossar a carne vinda de Mato Grosso do Sul.
O presidente do Fundepec (Fundo de Desenvolvimento da Pecuária no Estado de São Paulo), Pedro de Camargo Neto, afirma que a febre aftosa não deve ser vista só como um problema de exportação. "Erradicando a doença, o pecuarista ganha, pois deixa de ter um custo alto com as medidas de prevenção", diz.
Para o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Laucídio Coelho Neto, a declaração de uma zona livre de aftosa é insuficiente para abrir novos mercados no exterior.
"É importante combater a aftosa, mas um certificado não garante que vamos conseguir vencer as barreiras comerciais e vender carne para novos países", afirma.



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