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São Paulo vai exportar mais
free-lance para a Folha
A criação da zona livre de febre
aftosa deverá impulsionar as exportações da carne brasileira para
os Estados Unidos e países da Europa e da Ásia, que compram o
produto de regiões declaradas
imunes à doença, reconhecidas
pela OIE.
Quem aposta é o secretário de
Agricultura do Estado de São
Paulo, João Carlos Meirelles. Ele
estima que o país poderá dobrar o
volume e a receita cambial do
produto em seis anos.
"As vendas externas podem
chegar em 2005 a US$ 2 bilhões,
referentes a 1 milhão de t. Este
ano, o faturamento deverá chegar
a US$ 900 milhões, com o embarque de 550 mil t para o exterior",
calcula Meirelles.
Edvar Vilela de Queiroz, membro da Associação Brasileira das
Indústrias Exportadoras de Carne
(Abiec), diz que a indústria frigorífica paulista será prejudicada
com a zona livre, pois São Paulo é
dependente do boi e da carne de
Mato Grosso do Sul.
Ele diz que no próximo dia 19
terá uma audiência com o ministro Pratini de Moraes, da Agricultura, quando solicitará permissão
para desossar a carne vinda de
Mato Grosso do Sul.
O presidente do Fundepec
(Fundo de Desenvolvimento da
Pecuária no Estado de São Paulo),
Pedro de Camargo Neto, afirma
que a febre aftosa não deve ser vista só como um problema de exportação. "Erradicando a doença,
o pecuarista ganha, pois deixa de
ter um custo alto com as medidas
de prevenção", diz.
Para o presidente da Associação
dos Criadores de Mato Grosso do
Sul (Acrissul), Laucídio Coelho
Neto, a declaração de uma zona livre de aftosa é insuficiente para
abrir novos mercados no exterior.
"É importante combater a aftosa, mas um certificado não garante que vamos conseguir vencer as
barreiras comerciais e vender carne para novos países", afirma.
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