São Paulo, Terça-feira, 11 de Janeiro de 2000


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Governo ignora aftosa no NE

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O Ministério da Agricultura ignora a situação da febre aftosa na maioria dos Estados das regiões Norte e Nordeste, onde predomina a pecuária de subsistência e de consumo interno.
O motivo é a deficiência de serviços veterinários e de vigilância animal nessas regiões.
Os Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Rondônia são descritos pelo ministério como áreas de "risco não conhecido ou não classificado" em relação à doença.
Bahia e Rio de Janeiro despontam como Estados de "alto risco". O restante é avaliado como "baixo ou médio risco".
"Estamos dando tempo para que os serviços sanitários se estruturem nos circuitos Norte-Nordeste", afirma Jamil Gomes de Souza, chefe da Divisão de Febre Aftosa, do Ministério da Agricultura.
Ele explica que o Acre lidera o ranking de focos com 16 casos, porque notificou mais em 99 do que nos anos anteriores. "Rondônia também aprimorou a sua vigilância", diz Souza.
O último foco de febre aftosa no país foi registrado no mês passado em Belém (PA).
Em Mato Grosso do Sul, um ano após os focos surgidos em Naviraí (350 km de Campo Grande), o ministério ainda desconhece como a doença chegou às duas fazendas atingidas.
Cerca de 2.900 animais, entre sadios e doentes, foram sacrificados ou abatidos como prevenção.
A Associação dos Criadores do Mato Grosso do Sul criou em julho último um fundo de emergência contra a aftosa, que já arrecadou cerca de R$ 600 mil.
Cerca de 30% dos recursos foram usados em vacinas e testes sorológicos.
A cada boi vendido, R$ 0,80 vai para o fundo, sendo que R$ 0,50 é pago pelo criador e o resto pelo frigorífico.



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