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Secretária defende criação de agroindústria
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Uma das principais preocupações dos dirigentes das colônias
agrícolas é a maneira de aproximar o aprendizado e a produção
dos detentos com as necessidades
da sociedade.
Para Elizabeth Sussekind, secretária nacional de Justiça, a criação
de colônias penais no Brasil é válida, desde que essas unidades sejam capazes de fazer com que os
reeducandos administrem sua
produção, levando-a, consequentemente, para o mercado consumidor.
"Precisamos ter uma colônia
com uma agroindústria onde se
obtenha uma produção rentável,
para que o preso ganhe dinheiro
vendendo para a sociedade", diz a
secretária.
Ela diz que a função das colônias penais agrícolas está em capacitar os presos na formação de
cooperativas, incentivando os ex-detentos a se fixarem no campo.
"Sou favorável à implantação de
colônias em áreas estratégicas,
onde exista mercado de trabalho
para os que vão sair da prisão. É
uma forma de empregar os ex-detentos em atividades agrícolas."
AssentamentoBR>
A secretária cita um projeto em
curso no Estado de Goiás, que visa a criação de uma colônia agrícola com a colaboração dos técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Segundo Edson Tadashi, assessor de planejamento do sistema
penitenciário de Goiás, no ano
passado, em conversa com o Ministério da Justiça, o Estado analisou a possibilidade de se construir
um instituto penal agrícola no
município de Goiatuba, no interior goiano.
O projeto é baseado nos assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST).
"Seria um espaço destinado à
formação de assentamentos por
cerca de 50 detentos. Esse projeto
auxiliaria a criação de cooperativas que atendam as exigências da
região", explica.
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