São Paulo, terça-feira, 26 de junho de 2001

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Secretária defende criação de agroindústria

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Uma das principais preocupações dos dirigentes das colônias agrícolas é a maneira de aproximar o aprendizado e a produção dos detentos com as necessidades da sociedade.
Para Elizabeth Sussekind, secretária nacional de Justiça, a criação de colônias penais no Brasil é válida, desde que essas unidades sejam capazes de fazer com que os reeducandos administrem sua produção, levando-a, consequentemente, para o mercado consumidor.
"Precisamos ter uma colônia com uma agroindústria onde se obtenha uma produção rentável, para que o preso ganhe dinheiro vendendo para a sociedade", diz a secretária.
Ela diz que a função das colônias penais agrícolas está em capacitar os presos na formação de cooperativas, incentivando os ex-detentos a se fixarem no campo.
"Sou favorável à implantação de colônias em áreas estratégicas, onde exista mercado de trabalho para os que vão sair da prisão. É uma forma de empregar os ex-detentos em atividades agrícolas."

AssentamentoBR> A secretária cita um projeto em curso no Estado de Goiás, que visa a criação de uma colônia agrícola com a colaboração dos técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Segundo Edson Tadashi, assessor de planejamento do sistema penitenciário de Goiás, no ano passado, em conversa com o Ministério da Justiça, o Estado analisou a possibilidade de se construir um instituto penal agrícola no município de Goiatuba, no interior goiano.
O projeto é baseado nos assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
"Seria um espaço destinado à formação de assentamentos por cerca de 50 detentos. Esse projeto auxiliaria a criação de cooperativas que atendam as exigências da região", explica.


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