São Paulo, Terça-feira, 27 de Julho de 1999
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Cuba ensina pesca ao Brasil

do enviado especial

Os cubanos vão ensinar aos brasileiros novas técnicas de pescar lagosta a partir do mês que vem.
O Brasil está acertando um convênio com Cuba para aprimorar a produção de lagosta na costa nordestina, o que poderá favorecer a exportação por intermédio de dois canais de comercialização: a UE (União Européia) e o Japão.
Uma das medidas que fazem parte desse acordo de cooperação é a alteração da área destinada à pesca industrial. Outra etapa é a exportação de lagosta viva, de maior rentabilidade e qualidade no mercado internacional.
Os cubanos construíram em alto mar plataformas de pesca para acondicionar lagostas vivas, conseguindo com isso uma matéria-prima de melhor qualidade destinada à exportação.
O Brasil já dispõe dessa tecnologia, mais ainda é incipiente, de acordo com o Departamento de Pesca e Aquicultura do Ministério da Agricultura.
Graças ao pacto, que está sendo firmado para a transferência dessa tecnologia, o país deverá ampliar o seu mercado externo, acredita Gabriel Calzavara, chefe do departamento de pesca.

Autorização suspensa
No momento, o governo não está concedendo novas autorizações para a pesca da lagosta no litoral brasileiro. Apenas a substituição das autorizações concedidas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) é permitida.
A troca é feita pelo Departamento de Pesca e Aquicultura do Ministério da Agricultura.
A caça à lagosta é feita da seguinte maneira: elas são capturadas pela pesca de pequena escala e pela pesca industrial por meio de armadilhas chamadas de covos ou manzuás, espécie de gaiola.
Há ainda a cangalha, um outro tipo de armadilha, e a caçoeira, que é uma rede de espera.
O mergulho com botijões, apesar de ser proibido, também é executado para a pesca da lagosta no litoral nordestino, longe dos olhos das autoridades brasileiras.


Onde saber mais - Departamento de Pesca e Aquicultura do Ministério da Agricultura, tel. 0/xx/61/321-1910



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