São Paulo, quarta-feira, 01 de janeiro de 2003

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Fundador do PT, Weffort deixou partido em 1994

DA REDAÇÃO

O cientista político Francisco Correa Weffort, 65, foi um dos poucos ministros de Fernando Henrique Cardoso que permaneceram no mesmo posto desde 1º de janeiro de 1995. Mas, diferentemente de Pedro Malan (Fazenda) e de Paulo Renato Souza (Educação), não alcançou a mesma projeção. Seu cargo chegou a ser oferecido ao PMDB na reforma ministerial de julho de 1999. O partido não quis: a pasta só tem 0,1% do Orçamento.
Em sua gestão, Weffort implementou a Lei do Audiovisual, sancionada por Itamar Franco, e reformulou a Lei Rouanet, elevando as alíquotas a serem deduzidas do Imposto de Renda.
Formado em ciências sociais pela Universidade de São Paulo em 1962, doutorou-se em 1968. Integrou o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e foi um dos fundadores do Cedec (Centro de Estudos de Cultura Contemporânea). Publicou "O Populismo na Política Brasileira", seu livro mais famoso, em 1978. Tornou-se professor titular na USP com a tese "Por que democracia?" em 1984.
Fundador do PT em 1980, foi secretário-geral (83-87) e vice-presidente do partido (88-90). Em 1994, participou da elaboração do programa de Lula. Um dia após a eleição de FHC, publicou artigo na Folha analisando a vitória. Em dezembro, aceitou o convite para ocupar a pasta da Cultura e deixou o PT.
Suscitou algumas polêmicas: em 1995, disse que Antonio Carlos Magalhães tinha "muita sensibilidade social" e, em 1998, declarou que Paulo Coelho "é um sujeito que escreve muito bem".


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