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SAIBA MAIS
Fundador do PT, Weffort deixou partido em 1994
DA REDAÇÃO
O cientista político Francisco Correa Weffort, 65, foi
um dos poucos ministros de
Fernando Henrique Cardoso que permaneceram no
mesmo posto desde 1º de janeiro de 1995. Mas, diferentemente de Pedro Malan
(Fazenda) e de Paulo Renato
Souza (Educação), não alcançou a mesma projeção.
Seu cargo chegou a ser oferecido ao PMDB na reforma
ministerial de julho de 1999.
O partido não quis: a pasta
só tem 0,1% do Orçamento.
Em sua gestão, Weffort
implementou a Lei do Audiovisual, sancionada por
Itamar Franco, e reformulou
a Lei Rouanet, elevando as
alíquotas a serem deduzidas
do Imposto de Renda.
Formado em ciências sociais pela Universidade de
São Paulo em 1962, doutorou-se em 1968. Integrou o
Cebrap (Centro Brasileiro de
Análise e Planejamento) e
foi um dos fundadores do
Cedec (Centro de Estudos de
Cultura Contemporânea).
Publicou "O Populismo na
Política Brasileira", seu livro
mais famoso, em 1978. Tornou-se professor titular na
USP com a tese "Por que democracia?" em 1984.
Fundador do PT em 1980,
foi secretário-geral (83-87) e
vice-presidente do partido
(88-90). Em 1994, participou
da elaboração do programa
de Lula. Um dia após a eleição de FHC, publicou artigo
na Folha analisando a vitória. Em dezembro, aceitou o
convite para ocupar a pasta
da Cultura e deixou o PT.
Suscitou algumas polêmicas: em 1995, disse que Antonio Carlos Magalhães tinha
"muita sensibilidade social"
e, em 1998, declarou que
Paulo Coelho "é um sujeito
que escreve muito bem".
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