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Procuradoria requer apreensão
de máquinas caça-níqueis à PF
da Sucursal de Brasília
A Procuradoria da República
em Brasília requisitou ontem à
Polícia Federal uma megaoperação para apreender máquinas caça-níqueis em todo o país e abrir
inquéritos contra donos de casas
de bingo sem autorização.
A assessoria da PF afirmou que,
de acordo com a Divisão de Polícia Fazendária, essas máquinas
entraram oficialmente no país e
não podem ser apreendidas se
não houver irregularidades.
Autor da requisição, o procurador da República Luiz Francisco
Souza disse que há máquinas que
foram importadas com valores
inferiores aos reais para sonegação de Imposto de Importação.
Segundo ele, houve também casos de importação fraudulenta
em que, por terem sido consideradas material de diversão eletrônica e não jogos de azar, as máquinas foram subtaxadas.
De acordo com a assessoria da
PF, o chefe da Divisão de Polícia
Fazendária, Ivan Marques, não
recebeu nenhum comunicado
formal sobre esses problemas.
Para o procurador, a PF não pode descumprir a requisição porque FHC reconheceu a ilegalidade
de caça-níqueis ao criar, no final
de 99, taxa para fiscalizar bingos.
Segundo ele, o funcionamento
dessas máquinas e de bingos não-autorizados fere a lei Pelé, de 1998,
que prevê detenção de seis meses
a dois anos e multa para quem
"mantiver nas salas de bingo máquinas de jogos de azar ou diversões eletrônicas" ou "realizar jogo
de bingo sem autorização".
O procurador disse que compete à PF apreender as máquinas
instaladas em casas de bingos
porque cabe ao governo federal
autorizar o funcionamento delas.
Caso as máquinas estejam instaladas em bares, restaurantes,
boates ou panificadoras, essa
competência deverá ser exercida
pelas polícias estaduais, disse o
procurador.
(ABNOR GONDIM)
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