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JUDICIÁRIO
Itens da reforma podem mudar
Oposição tenta fim
da Lei da Mordaça
da Sucursal de Brasília
Os partidos vão tentar modificar hoje, na votação dos destaques, itens da emenda da reforma
do Judiciário, aprovada na semana passada. Pontos considerados
moralizadores da proposta, como
a proibição de contratação de parentes (nepotismo) e a instituição
da quarentena, terão de passar
por nova votação para permanecer na emenda.
Para manter esses dispositivos
serão necessários 308 votos do total de 513 deputados. O PT vai
tentar retirar a proibição para que
integrantes do Ministério Público
dêem informações sobre processos em andamento que violem sigilo legal, a intimidade, a vida privada, a imagem e a honra das pessoas, a chamada Lei da Mordaça.
No segundo turno de votação
da emenda, o partido vai tentar
retirar a incidência da Lei da Mordaça sobre os juízes.
"A incidência é maior no Ministério Público. No segundo turno
tentaremos excluir os juízes", disse o deputado José Genoino (PT-SP). Foram apresentados cerca de
300 pedidos de votação de pontos
do projeto de forma separada, os
chamados destaques.
Governistas consideram que o
ponto central da reforma já está
garantido com a votação na quarta-feira passada dos três dispositivos que foram acordados com a
oposição. Apenas o PDT não participou do acordo.
"O coração da reforma está
aprovado. Saiu fortalecido o modelo do controle constitucional
misto tendendo à concentração
nos tribunais superiores", afirmou o deputado Jutahy Júnior
(PSDB-BA), vice-líder do partido.
O modelo concentra decisões
no STF (Supremo Tribunal Federal) e nos demais tribunais superiores e retira poderes dos juízes
de instâncias inferiores. "Isso não
significa um modelo antidemocrático. Esse modelo vai tornar a
Justiça mais rápida, mais barata e
mais simples", disse Jutahy.
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