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ORÇAMENTO
Governo terá limite de corte de R$ 10 bihões
SÍLVIA MUGNATTO
LEONARDO DE SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O espaço para cortes nas despesas do Orçamento deste ano é de
apenas R$ 10 bilhões. O Orçamento total (sem incluir a rolagem da dívida pública) é de R$
318,7 bilhões, mas as despesas estão todas vinculadas a gastos.
Segundo o chefe da Assessoria
Econômica do Ministério do Planejamento, José Carlos Miranda,
o volume que pode ser cortado está dentro dos R$ 60,3 bilhões programados para custeio da máquina pública e investimentos.
"O que é menos doloroso: cortar projetos de parlamentares,
cortar investimentos de estatais
ou dar outro choque de juros que
afeta indistintamente as famílias?", questionou Miranda, ao
defender o corte para aumentar a
meta de superávit fiscal.
Os cortes no Orçamento de
2003 deverão ser anunciados até o
dia 15 de fevereiro, mas a margem
de manobra do governo nas despesas é pequena. Pelo lado das receitas, Miranda disse que, no
Congresso, foram incluídas receitas extras de R$ 20 bilhões no Orçamento que não vão se realizar.
O ministério está refazendo as
estimativas sobre as receitas para
2003 e só depois deve definir
questões como reajuste linear do
funcionalismo e salário mínimo.
Segundo Miranda, uma das hipóteses de reajuste para os funcionários públicos são os 4% estimados pelo governo anterior. Ele
afirmou, porém, que índices inferiores a 3% são improváveis.
Miranda informou que o governo vai incluir no Orçamento previsão de economia de receitas
com um novo programa de gestão do gasto público. Mas explicou que a redução de determinados gastos entre 25% e 30%, como
deve prever esse programa, deverá ser feita no longo prazo.
"Vamos fazer uma alocação
melhor para este ano. O importante é começar porque isso deverá ser feito projeto por projeto."
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