São Paulo, quinta-feira, 01 de março de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Qualquer nota

"Saiu o PIBinho", ironizou Josias de Souza. Na manchete, a Folha Online destacou que "os primeiros anos dos governos Lula e FHC" revelaram, afinal, "o mesmo crescimento". Pelo mundo, a agência Reuters sublinhou que o resultado "dá munição aos críticos da rígida política monetária do Banco Central".
O Valor On Line chegou a destacar que "o IBGE apresentará o novo PIB em 28 de março". Com a anunciada atualização da metodologia, os números de 2006 e até de 2005 devem passar dos três pontos, o que diminuiria o impacto do "PIBinho".
Mas o estrago está feito. A Dow Jones foi atrás da Fitch, agência de "rating" ou nota, e o diretor no Brasil diz que com os 2,9% "é difícil para o país pensar em obter status de grau de investimento", como já vem buscando há tempos, com sua ortodoxia.

NOVA VELHA ALIANÇA

wsj.com/Reprodução

Um dia depois e o presidente do banco central americano, Ben Bernanke (à dir.), vai às manchetes dos sites de "Wall Street Journal" e "Financial Times", avisa que nada mudou e as bolsas reagem.
Um dia antes, para contraste, Henrique Meirelles se agarrou à queda nas bolsas, espalhou que a economia está vulnerável -e que ele não vai cortar mais os juros. Conseguiu, com isso, que Míriam Leitão o apoiasse no "Bom Dia Brasil", contra o "imprudente" Aloizio Mercadante e os que pedem a troca no BC porque só "querem mais espaço, mais poder".
Depois vem a escalada do "JN" e chora que "a economia brasileira cresce muito menos que a média mundial".

Globo/Reprodução
SANGUE A redução da maioridade foi para as calendas, mas o "JN" não desiste e enfia no meio das manchetes a cena de "uma menina de 13 anos", atingida num tiroteio em São Paulo. Não, descobriu-se mais tarde, a criança explorada do dia não morreu.

A MINISTRA...
Dia sim, dia não, a política ambiental do país, antes tão questionada, agora amontoa elogios no exterior. Ontem foi a correspondente do francês "Le Monde", Annie Gasnier, que destacou a campanha que "exige dos países ricos" que combatam a poluição.
O foco é a ministra Marina Silva, cuja estratégia para a Amazônia era saudada no domingo no "Washington Post", em texto sobre o livro "A Última Floresta" (Random House). Para a resenhista e os autores, "para preservar a floresta é preciso usá-la".

... E O HACKER
Dia sim, dia não, também tem Gilberto Gil. Ontem foi novo perfil no "El País", "Um ministro inspirado pela ética hacker". O texto mencionou seu aniversário, o show que faria ontem em Barcelona e as novas idéias em Brasília.
Na entrevista, ele declarou, sobre os hackers, que "são a extensão contemporânea da contracultura de 40 anos atrás" e "não delinqüentes como às vezes aparece nos meios de comunicação". Do show ou de música, pouco falou. As prioridades claras são web, copyright etc.

OLPC OU NÃO OLPC
Apresentado há meses no Brasil, com a promessa de produção nacional, o projeto OLPC, "um laptop por criança" no acrônimo em inglês, está ameaçado no país. Foi o que avisou o governo Lula, destacam IDG Now e BR-Linux. O representante no Brasil diz que não, que o OLPC só não sai se Brasília desistir, mas o sonho do Media Lab, dizem os blogs, deu "meia-volta, volver".
Prossegue, de todo modo, a expectativa pelo mundo. Ontem era o site do "New York Times" que trazia longa reportagem do News.com, sobre as últimas na disputa do OLPC com o projeto concorrente da Intel.

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@ - Nelson de Sá


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