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São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2003

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Vandré é figura emblemática para esquerda

Desde os conflitos de 1968, Geraldo Vandré tem mantido, mesmo longe da música, a aura de figura emblemática da MPB junto à esquerda ortodoxa.
Nos anos anteriores ao AI-5, ele ocupou o centro das discussões esquerda-direita. Ele defendia a dita canção de protesto, com propostas de politizar e "educar" a população.
À direita de Vandré e de seu grupo estavam (segundo eles próprios) tanto os "alienados" da bossa nova, como os "colonizados" da jovem guarda, como também, a partir de 1967, a nova turma tropicalista, de Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Um dos grandes momentos de Vandré aconteceu no festival de 68, quando ele defendeu "Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores", a canção citada por Lula em seu discurso.
O AI-5 se abateu sobre todos, e aí o destino uniu Vandré e os tropicalistas, igualmente presos e banidos do país. Se Caetano e Gil voltaram do exílio redimidos e aptos ao estrelato, Vandré se converteu em mito da derrota da esquerda mais ferrenha. Arredio, leva vida reclusa e se afastou totalmente da música, a não ser por uma música composta em homenagem à... Força Aérea Brasileira.

Napoleão e China
Outra citação que Lula fez no BNDES e que gerou uma gafe foi uma frase de Napoleão Bonaparte: "A China é um gigante que, no dia em que despertar, o mundo vai tremer".
Não há registro histórico de Napoleão na China. O líder francês teria realmente dito a frase, mas não baseado em experiência própria, e sim após ler um livro, em voga na época, sobre a missão do britânico Lorde Macartney na China.
O embaixador fora enviado ao oriente pelo rei britânico George 3º em 1792, para estabelecer relações diplomáticas com o imperador chinês Qian Long e ampliar o comércio entre os dois países. O estreitamento foi rejeitado pelo imperador da China.


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