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SAIBA MAIS
Vandré é figura emblemática para esquerda
Desde os conflitos de 1968,
Geraldo Vandré tem mantido,
mesmo longe da música, a aura
de figura emblemática da MPB
junto à esquerda ortodoxa.
Nos anos anteriores ao AI-5,
ele ocupou o centro das discussões esquerda-direita. Ele defendia a dita canção de protesto, com propostas de politizar e
"educar" a população.
À direita de Vandré e de seu
grupo estavam (segundo eles
próprios) tanto os "alienados"
da bossa nova, como os "colonizados" da jovem guarda, como também, a partir de 1967, a
nova turma tropicalista, de
Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Um dos grandes momentos
de Vandré aconteceu no festival de 68, quando ele defendeu
"Pra Não Dizer Que Não Falei
de Flores", a canção citada por
Lula em seu discurso.
O AI-5 se abateu sobre todos,
e aí o destino uniu Vandré e os
tropicalistas, igualmente presos e banidos do país. Se Caetano e Gil voltaram do exílio redimidos e aptos ao estrelato,
Vandré se converteu em mito
da derrota da esquerda mais
ferrenha. Arredio, leva vida reclusa e se afastou totalmente da
música, a não ser por uma música composta em homenagem
à... Força Aérea Brasileira.
Napoleão e China
Outra citação que Lula fez no
BNDES e que gerou uma gafe
foi uma frase de Napoleão Bonaparte: "A China é um gigante
que, no dia em que despertar, o
mundo vai tremer".
Não há registro histórico de
Napoleão na China. O líder
francês teria realmente dito a
frase, mas não baseado em experiência própria, e sim após
ler um livro, em voga na época,
sobre a missão do britânico
Lorde Macartney na China.
O embaixador fora enviado
ao oriente pelo rei britânico
George 3º em 1792, para estabelecer relações diplomáticas
com o imperador chinês Qian
Long e ampliar o comércio entre os dois países. O estreitamento foi rejeitado pelo imperador da China.
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