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Para Bresser,
país pensa com
cabeça alheia
DA REPORTAGEM LOCAL
Luiz Carlos Bresser Pereira foi contundente quanto
aos rumos do país desde
1990. "A idéia de nação desapareceu", disse. Os critérios
que regem a administração
federal "são aqueles ditados
por Washington e Nova
York" e que têm como gestor o Fundo Monetário Internacional. "Estamos pensando com a cabeça alheia."
A idéia de nação havia sido
preservada pelo regime militar, quando os interesses internos, mesmo se definidos
de modo equivocado, tornavam-se critério para a tomada de decisões. "Precisamos
retomar o desenvolvimento
e a questão nacional."
Passarinho
O ex-senador e ex-ministro Jarbas Passarinho foi indagado se não sentia "remorsos" por ter participado
do regime anterior. Respondeu que assume tudo o que
fez em sua vida e que foi por
plena convicção que aderiu
ao movimento de 1964.
Deixou claro, no entanto,
que integrava o grupo favorável a uma redemocratização bem mais cedo do que
ela efetivamente ocorreu.
Acreditava que ela seria possível já em 1973. A guerrilha
do Araguaia, porém, serviu
de pretexto para que o autoritarismo continuasse.
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