São Paulo, Sábado, 01 de Maio de 1999
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Covas vê "fumaça" demais no caso dos bancos e cobra rapidez

da Reportagem Local

O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), defendeu ontem, mais uma vez, rapidez na apuração da operação de socorro do Banco Central aos bancos Marka e FonteCindam.
Covas afirmou que não quer fazer nenhum julgamento prévio sobre o caso, mas disse que é necessário investigar a fundo porque "a fumaça é tão grande que é preciso conferir esse fogo".
Ele disse também que não vê problemas na convocação do ministro Pedro Malan (Fazenda) para depor na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bancos.
"Não se trata de problema, se trata de cumprimento de cláusula legal. Se a CPI convocar, ele vai, aliás ele está chegando de viagem hoje, e disse que se for convocado, vai. Como eu, se for convocado, vou."
O ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, defendeu anteontem que o ministro Malan não deveria prestar depoimento à CPI por não estar envolvido nos fatos apurados pela comissão, o que provocou reação do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
O governador afirmou ainda que está convicto de que o socorro aos bancos Marka e FonteCindam foi uma decisão colegiada, e não individual. No entanto, ele disse não saber se o ministro Malan teve conhecimento prévio da operação.
"Não sei se teve, mas está claro que isso não foi uma decisão individual. Quando o Cláudio Mauch (ex-diretor de Fiscalização do BC) foi depor no Senado, disse isso claramente. Foi uma decisão colegiada, com parecer jurídico. Se eu a faria ou não, é outra coisa, mas eu não sou presidente do Banco Central, graças a Deus", ironizou.
Covas reafirmou que não aceitará assumir a presidência do PSDB, como querem colegas de partido.


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