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Covas vê "fumaça" demais no caso dos bancos e cobra rapidez
da Reportagem Local
O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), defendeu ontem, mais uma vez, rapidez na
apuração da operação de socorro
do Banco Central aos bancos Marka e FonteCindam.
Covas afirmou que não quer fazer nenhum julgamento prévio sobre o caso, mas disse que é necessário investigar a fundo porque "a
fumaça é tão grande que é preciso
conferir esse fogo".
Ele disse também que não vê
problemas na convocação do ministro Pedro Malan (Fazenda) para depor na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bancos.
"Não se trata de problema, se trata de cumprimento de cláusula legal. Se a CPI convocar, ele vai, aliás
ele está chegando de viagem hoje, e
disse que se for convocado, vai.
Como eu, se for convocado, vou."
O ministro das Comunicações,
Pimenta da Veiga, defendeu anteontem que o ministro Malan não
deveria prestar depoimento à CPI
por não estar envolvido nos fatos
apurados pela comissão, o que
provocou reação do presidente do
Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
O governador afirmou ainda que
está convicto de que o socorro aos
bancos Marka e FonteCindam foi
uma decisão colegiada, e não individual. No entanto, ele disse não
saber se o ministro Malan teve conhecimento prévio da operação.
"Não sei se teve, mas está claro
que isso não foi uma decisão individual. Quando o Cláudio Mauch
(ex-diretor de Fiscalização do BC)
foi depor no Senado, disse isso claramente. Foi uma decisão colegiada, com parecer jurídico. Se eu a
faria ou não, é outra coisa, mas eu
não sou presidente do Banco Central, graças a Deus", ironizou.
Covas reafirmou que não aceitará assumir a presidência do PSDB,
como querem colegas de partido.
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