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No fim de conferência, igreja equipara aborto a terrorismo
Bispos latino-americanos reforçam "agenda familiar" ao encerrar encontro
LEANDRO BEGUOCI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os bispos encerraram ontem
em Aparecida (SP) a 5ª Conferência do Episcopado da América Latina e do Caribe ainda
inquietos sobre os rumos católicos. Mas deixaram claro como
a "agenda familiar" os une
diante de uma sociedade que
vêem como inimiga.
A mensagem de encerramento da conferência (que foi aberta pelo papa) diz: "A fidelidade
a Jesus exige o combate aos
males que danificam ou destroem a vida, como o aborto,
guerras, seqüestro, violência
armada, terrorismo, exploração sexual e o narcotráfico".
Ainda escrevem que a igreja
vai batalhar por suas posições
na sociedade. Giovanni Battista
Re, bispo responsável pela
América Latina no Vaticano,
não falou de pontos concretas,
mas ofereceu um sinal de força.
"Não estamos dispostos a aceitar passivamente as mudanças,
os problemas e os desafios.
Queremos afrontá-los lucidamente com decisão e coragem."
D. Francisco Errázuriz Ossa,
arcebispo de Santiago e presidente do Celam (Conselho
Episcopal Latino-americano),
é um exemplo do atual estado
do catolicismo no continente.
Na missa de encerramento do
evento, disse tanto que "seguiremos nos opondo à pena de
morte, à violência, à tortura, ao
aborto, à eutanásia e a dilacerante miséria" quanto que
"diante da abundância de dons
recebidos [de Deus], aparecem
com força nossas vacilações".
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