São Paulo, terça-feira, 01 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ato apóia juiz que condenou entrevista de pré-candidato

Desagravo é extensivo a quatro promotores que representaram contra jornais e revistas acusados de propaganda antecipada

LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Apamagis (Associação Paulista de Magistrados) e a APMP (Associação Paulista do Ministério Público) realizaram ontem um ato de desagravo ao juiz Francisco Carlos Shintate e a quatro promotores de Justiça que foram criticados por terem considerado propaganda eleitoral antecipada algumas entrevistas publicadas com pré-candidatos sobre plataforma de campanha.
Para cerca de 80 pessoas, o presidente da Apamagis, desembargador Henrique Nelson Calandra, afirmou que o ato não era contra os veículos de comunicação, mas contra as críticas pessoais que, segundo ele, atingiram a honra do magistrado e dos promotores.
O que mais irritou a categoria foi uma entrevista concedida pelo ex-ministro da Justiça Saulo Ramos à Folha, que atribuiu o entendimento do juiz e dos promotores Eduardo Rheingantz, Maria Amélia Nardy Pereira, Patrícia Aude e Yolanda de Matos a uma suposta falta de escolaridade.

Histórico
No ato, os magistrados frisaram que Shintate, o juiz que condenou veículos de comunicação e pré-candidatos, sempre se destacou nos estudos.
Em 1982, com 14 anos e na oitava série (nono ano), passou no vestibular para a Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), uma das mais concorridas do país.
Em 1983 e 1984, foi aprovado em diversas faculdades, sempre com boa colocação. Em 1985, quando concluiu o ensino médio, ficou em 47º lugar na Faculdade de Direito da USP e em primeiro lugar em medicina da Santa Casa e da PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) de Sorocaba.
Shintate disse ter ficado contente com o ato e que não iria comentar as críticas recebidas.
Compareceram ao ato, entre outros, o ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB), o deputado estadual Fernando Capez (PSDB), o presidente da APMP, procurador de Justiça Washington Barra, o conselheiro do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) Cláudio Alvarenga (sogro de Shintate), a procuradora Janice Ascari e o desembargador aposentado Álvaro Lazzarini.


Texto Anterior: Funcionalismo: Cartilha orienta "animal político" durante eleição
Próximo Texto: Base de Serra encerra CPI da Eletropaulo sem citar Alstom
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.