da Agência Folha, em Teresina

A frieza e a crueldade com que são mortas as vítimas são características comuns nos crimes atribuídos aos grupos organizados que atuam no Piauí, Acre e Maranhão. Pessoas são sequestradas, torturadas ou mortas em emboscadas com tiros disparados geralmente na cabeça. Corpos são mutilados ou queimados para dificultar a identificação.
Um caso espantoso pela violência ocorreu em 1996 no Acre e envolveu o motorista Agilson Santos Firmino, o "Baiano", e o ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, acusado de chefiar o crime organizado no Estado.
Suspeito de envolvimento no assassinato do vereador Itamar Pascoal, irmão do ex-deputado, Firmino teve as pernas e os braços decepados por uma motosserra antes de morrer.
A Agência Folha teve acesso a fotos do corpo. As pernas de Firmino foram cortadas na altura da canela e os braços, decepados próximo ao cotovelo. Wilder, seu filho, também foi morto.
A polícia acredita que o motorista foi torturado para revelar onde estava José Hugo Alves Júnior, acusado de ser o assassino de Itamar.
O corpo de Alves Júnior foi achado na Bahia, queimado com ácido. Fotos mostram que o rosto foi a parte mais atingida. (FG)


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