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ESQUERDA
Dirigente diz estar mantida saída do governo Garotinho
Diretório do PT-RJ não chega a consenso após 4 h de reunião
da Sucursal do Rio
Depois de quatro horas de uma
reunião em que não houve consenso entre os delegados do diretório do PT do Rio, o presidente
regional do partido, Carlos Santana, anunciou que está mantida a
decisão de saída dos petistas que
trabalham no governo Garotinho.
A decisão tomada no domingo
da semana passada na convenção
regional do PT vem sendo contestada pelos militantes da corrente
Articulação, que é favorável à permanência do partido no governo
estadual. A corrente queria que o
diretório regional mudasse a decisão. Agora, espera que a direção
nacional intervenha no processo e
garanta a permanência.
Ontem, o impasse ocorreu porque os membros da corrente Opção Popular, de Santana, não aceitavam que pudessem votar na
reunião do diretório três delegados setoriais, que são representantes de sindicatos, entidades femininas e deficientes físicos.
Com o voto dos três, que são favoráveis à permanência no governo, haveria empate com os votos
dos que são contrários. O empate
(24 delegados favoráveis e 24 contra) interessava à corrente Articulação, liderada pelo secretário estadual de Planejamento Jorge Bittar, que assim teria mais um argumento para pedir que a direção
nacional resolvesse a questão.
A Articulação enviou, na última
sexta, recurso ao diretório nacional do PT para solicitar que os delegados setoriais possam votar. A
corrente não aceita chamar de pedido de intervenção esse recurso
enviado ao diretório nacional.
"Queremos apenas garantir o
direito de votação a companheiros que sempre estiveram representados", afirmou Jorge Bittar.
Carlos Santana afirmou que todos os petistas que estão no governo do Estado do Rio têm até as
17h da próxima sexta-feira para
entregar seus cargos.
O anúncio de Santana é contestado pela Articulação, que somente reconheceria como legítima uma decisão tomada pelos
membros do diretório regional.
Na sexta-feira ocorrerá uma audiência de Santana com o governador Anthony Garotinho
(PDT). A entrega dos cargos foi
definida na convenção regional,
depois que o governador Garotinho chamou o PT -""ou parte
dele", conforme esclareceu depois- de "Partido da Boquinha",
interessado só em cargos.
Santana disse que uma intervenção da direção nacional será
muito ruim para a militância no
Rio. Segundo ele, em conversas
que teve com o presidente do partido, José Dirceu, sentiu que não
há "clima" para que ela aconteça.
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