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Governo quer adiar revisão da meta
LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Fundo Monetário Internacional não tomará nenhuma decisão,
de forma unilateral, na revisão do
último acordo com o país, segundo a atual equipe econômica.
O governo defenderá a tese de
deixar as discussões sobre eventual necessidade de aumentar a
meta de superávit primário de
2003 para fevereiro.
Mas os integrantes da equipe
econômica ressaltam que as três
partes -o atual governo, o PT e o
FMI- negociarão até chegar a
um entendimento. Eles dizem
que a parcela de US$ 3 bilhões
prevista para dezembro deste ano
será sacada normalmente.
Os integrantes da equipe econômica afirmam que as relações do
Brasil com o Fundo sempre foram
boas e que não há razão para que
a instituição vire as costas ao país
agora, somente porque o governo
argumentará que é melhor para
as três partes que a discussão sobre o superávit fique para fevereiro de 2003, quando será feita a segunda revisão do acordo.
A equipe econômica lembra
também que o Brasil tem cumprido as metas de superávit primário
(economia de gastos do governo
para pagamento da dívida) acertadas com o Fundo -neste ano
está em 3,88% do PIB (Produto
Interno Bruto).
Em meados deste mês chegará a
Brasília uma missão do Fundo
para a primeira revisão do acordo
fechado em agosto passado, pelo
qual o país obteve empréstimo de
US$ 30 bilhões.
Visão mais clara
O governo vai argumentar que,
em fevereiro, o FMI terá uma visão mais clara da situação do país.
Os ministérios já estarão formados e provavelmente algumas
medidas econômicas já terão sido
anunciadas.
Ressaltam que nenhuma decisão que venha a afetar a próxima
administração será tomada sem
que a equipe de transição do PT
seja consultada. Mas dizem que
seria melhor, para o futuro governo, que medidas importantes fossem tomadas por sua equipe econômica definitiva.
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