São Paulo, sexta-feira, 01 de novembro de 2002

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Governo quer adiar revisão da meta

LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Fundo Monetário Internacional não tomará nenhuma decisão, de forma unilateral, na revisão do último acordo com o país, segundo a atual equipe econômica.
O governo defenderá a tese de deixar as discussões sobre eventual necessidade de aumentar a meta de superávit primário de 2003 para fevereiro.
Mas os integrantes da equipe econômica ressaltam que as três partes -o atual governo, o PT e o FMI- negociarão até chegar a um entendimento. Eles dizem que a parcela de US$ 3 bilhões prevista para dezembro deste ano será sacada normalmente.
Os integrantes da equipe econômica afirmam que as relações do Brasil com o Fundo sempre foram boas e que não há razão para que a instituição vire as costas ao país agora, somente porque o governo argumentará que é melhor para as três partes que a discussão sobre o superávit fique para fevereiro de 2003, quando será feita a segunda revisão do acordo.
A equipe econômica lembra também que o Brasil tem cumprido as metas de superávit primário (economia de gastos do governo para pagamento da dívida) acertadas com o Fundo -neste ano está em 3,88% do PIB (Produto Interno Bruto).
Em meados deste mês chegará a Brasília uma missão do Fundo para a primeira revisão do acordo fechado em agosto passado, pelo qual o país obteve empréstimo de US$ 30 bilhões.

Visão mais clara
O governo vai argumentar que, em fevereiro, o FMI terá uma visão mais clara da situação do país. Os ministérios já estarão formados e provavelmente algumas medidas econômicas já terão sido anunciadas.
Ressaltam que nenhuma decisão que venha a afetar a próxima administração será tomada sem que a equipe de transição do PT seja consultada. Mas dizem que seria melhor, para o futuro governo, que medidas importantes fossem tomadas por sua equipe econômica definitiva.


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