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Requião critica comando do PMDB
e defende uma aliança com o PT
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O governador eleito do Paraná,
Roberto Requião (PMDB), fez um
pronunciamento no Senado, ontem, em que dirigiu críticas ao comando nacional de seu partido.
"Mal orientado e mal conduzido,
o PMDB afundou num tremendo
desastre eleitoral", disse, em referência ao desempenho do partido
nas urnas este ano.
Senador em fim de mandato,
Requião defendeu a convocação
imediata do Diretório Nacional,
para chamar uma convenção nacional que discutiria os rumos do
partido. O PMDB elegeu cinco governadores e sua bancada na Câmara dos Deputados minguou.
O governador eleito também
prega a destituição do comando
nacional. "Não podemos mais admitir a prepotência e a arrogância
na condução de negociações que
não passam decididamente pelos
autores da derrota", afirmou.
Requião acusou os dirigentes de
"adesistas remunerados". Segundo ele, a direção nacional tomou
decisões sem ouvir as bases, valendo-se de privilégios individuais para a eleição de alguns deputados. "Foi o adesismo remunerado com benefícios individuais. E esse adesismo liquidou o
PMDB no Brasil", afirmou.
Ele criticou a postura de interlocutores do partido que falam em
oposição ao governo do petista
Luiz Inácio Lula da Silva. "Eles levantam bandeiras para serem interlocutores de uma negociação
provavelmente na mesma linha
do adesismo remunerado", voltou a atacar. O senador não citou
nomes no discurso.
Defendendo apoio a Lula, Requião voltou a afirmar que deve
sua vitória no Paraná "à aliança
com o PT". Também dirigiu críticas aos que defendem oposição ao
futuro governo. "O PMDB diz que
será um partido de oposição e, ao
mesmo tempo, nos órgãos de imprensa, solicita ministérios", acusou.
(MARI TORTATO)
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