São Paulo, sexta-feira, 01 de novembro de 2002

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Requião critica comando do PMDB e defende uma aliança com o PT

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O governador eleito do Paraná, Roberto Requião (PMDB), fez um pronunciamento no Senado, ontem, em que dirigiu críticas ao comando nacional de seu partido. "Mal orientado e mal conduzido, o PMDB afundou num tremendo desastre eleitoral", disse, em referência ao desempenho do partido nas urnas este ano.
Senador em fim de mandato, Requião defendeu a convocação imediata do Diretório Nacional, para chamar uma convenção nacional que discutiria os rumos do partido. O PMDB elegeu cinco governadores e sua bancada na Câmara dos Deputados minguou.
O governador eleito também prega a destituição do comando nacional. "Não podemos mais admitir a prepotência e a arrogância na condução de negociações que não passam decididamente pelos autores da derrota", afirmou.
Requião acusou os dirigentes de "adesistas remunerados". Segundo ele, a direção nacional tomou decisões sem ouvir as bases, valendo-se de privilégios individuais para a eleição de alguns deputados. "Foi o adesismo remunerado com benefícios individuais. E esse adesismo liquidou o PMDB no Brasil", afirmou.
Ele criticou a postura de interlocutores do partido que falam em oposição ao governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva. "Eles levantam bandeiras para serem interlocutores de uma negociação provavelmente na mesma linha do adesismo remunerado", voltou a atacar. O senador não citou nomes no discurso.
Defendendo apoio a Lula, Requião voltou a afirmar que deve sua vitória no Paraná "à aliança com o PT". Também dirigiu críticas aos que defendem oposição ao futuro governo. "O PMDB diz que será um partido de oposição e, ao mesmo tempo, nos órgãos de imprensa, solicita ministérios", acusou. (MARI TORTATO)


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