DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem críticas ao processo de globalização. "Se a globalização é inevitável, isso não significa que devemos nos reconciliar, de forma fatalista, a seus efeitos perversos", afirmou ele, em discurso realizado no Itamaraty, após almoço com a presidente da Finlândia, Tarja Halonen.
O presidente disse que é preciso tornar o processo de globalização mais equitativo e inclusivo. "Não precisamos aceitar que o preço da modernização -do ganho em competitividade e eficiência- seja a marginalização, o empobrecimento e a desesperança daqueles que ficaram para trás."
O presidente fez elogios à presidente da Finlândia, que é também presidente da Comissão Mundial sobre Dimensão Social da Globalização. Segundo Lula, a Finlândia tem uma visão "alternativa, mais humana" da globalização.
Depois de discursar, o presidente fez um pronunciamento em que reafirmou a política econômica desenvolvida pelo governo:
"Eu estou certo de que, nas conversas que os empresários da Finlândia tiveram com os ministros brasileiros, eles sairão daqui com muito mais convicção dos acertos das políticas econômicas que estamos adotando", afirmou Lula.
A presidente da Finlândia veio com 25 empresários, que irão visitar a fábrica da Nokia (celulares) na Zona Franca de Manaus e ter encontros no Estado de São Paulo. A Finlândia tem 41 empresas instaladas em território brasileiro.

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