UOL

São Paulo, sábado, 01 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

Advogado afirma que juiz errou ao divulgar sentença

DA SUCURSAL DO RIO

O advogado do auditor Sergio Jacome de Lucena, José Carlos Tórtima, disse que pedirá a anulação da sentença sob a alegação de que ela foi divulgada antes de sua publicação oficial.
A edição das 12h do noticiário "RJ TV", da TV Globo, antecipou os principais itens da sentença. A emissora disse que soube da sentença por um informante da Justiça.
Só à tarde a sentença foi divulgada para os advogados dos réus. Tórtima disse que foi então ao cartório da 3ª Vara Criminal Federal perguntar se a sentença tinha sido registrada e uma funcionária disse que não.
Tórtima disse ter pedido uma certidão e o acesso ao livro, o que lhe teria sido negado. Ele afirmou que a divulgação para os advogados sem a publicação será o principal argumento para requerer a nulidade da sentença. A divulgação do conteúdo da sentença no telejornal, segundo ele, é mais um indicador de que houve antecipação do resultado.
O juiz Lafredo Lisboa respondeu à acusação de divulgação antecipada da sentença afirmando que, quando a revelou aos advogados, ela já tinha sido entregue ao cartório. Segundo ele, isso é suficiente para a sentença ser considerada publicada. Ele não comentou a antecipação da sentença no telejornal.
Paulo Ramalho, advogado de Hélio Lucena, disse que poderá usar os mesmos argumentos, mas acredita que não haverá necessidade, pois a sentença teria falhas. "A sentença vai ser anulada."
Os advogados dos empresários Alexandre Martins, Reinaldo Pitta e Ronaldo Adler, do fiscal Rômulo Gonçalves e do auditor Axel Ripoll Hamer disseram que recorrerão da condenação.


Texto Anterior: Propinoduto: Justiça condena 22 acusados de corrupção
Próximo Texto: Choque entre poderes: Lula deve recusar convite de Corrêa
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.