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São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2003

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Imigração aproxima culturas libanesa e brasileira

DA REDAÇÃO

O Líbano, segunda escala da viagem do presidente do Luiz Inácio Lula da Silva ao Oriente Médio, tem uma relação especial com o Brasil, muito mais no campo cultural do que no econômico.
A ligação entre libaneses e brasileiros, e em menor intensidade entre sírios e brasileiros, se deve à imigração. O Líbano tem pouco mais de 3,7 milhões de habitantes. No Brasil, estima-se em cerca de 7 milhões de brasileiros com alguma origem libanesa.
Nas ruas de Beirute, o presidente verá jovens libanesas andando com roupas muito parecidas com as que se usam nos shoppings brasileiros. À beira-mar, com montanhas, ao fundo, a cidade lembra cidades litorâneas do Brasil, com prédios construídos nos anos 60 ao lado de sorveterias e restaurantes de frente para o mar.
O centro da cidade, destruído na Guerra Civil (1975-90), foi reconstruído e voltou a ser o principal pólo de atração de Beirute, que, apesar de ainda não ter recuperado o glamour do período anterior ao conflito, quando era chamada de Paris do Oriente Médio, resgatou parte de sua beleza.
Nos restaurantes, são servidos pratos comuns aos brasileiros, como kibe, esfiha, kafta e o mezze árabe, com coalhada e homos.
O Líbano, ao contrário dos outros países árabes, não pode ser considerado muçulmano. O país é dividido entre cristãos (40%) e muçulmanos (60%). E entre essas religiões há também divisões: cristãos maronitas, cristãos-ortodoxos, católicos, muçulmanos sunitas, xiitas e drusos.
O presidente do Líbano tem de ser necessariamente um cristão maronita. O premiê deve ser sunita e o presidente do Parlamento xiita. Por esse motivo, Lula se reunirá com cada um deles.
O principal foco de tensão do Líbano é o sul, desocupado por Israel em 2000 e hoje com forte presença do grupo extremista Hizbollah. Há constantes choques na fronteira com Israel. No Líbano, o Hizbollah, considerado terrorista pelos EUA, é um partido político e realiza ações sociais. É visto como uma resistência a Israel. (GC)


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