DA AGÊNCIA FOLHA, EM BOA VISTA

O governador Flamarion Portela (PT), 48, até as 18h de ontem, no horário de Brasília, não havia comentado as declarações do ex-governador Neudo Campos.
Em entrevistas anteriores, porém, Portela havia dito que sua participação no governo passado, quando foi vice-governador, era muito "discreta" e que "ouvia falar" em possíveis irregularidades, mas que nunca conseguiu reunir provas para denunciá-las.
"Já disse que conhecia esse esquema de "gafanhotagem" superficialmente e hoje tenho dúvidas se até o próprio Neudo [Campos] conhecia a profundidade disso. Eu ouvia falar disso, como muitas pessoas ouviam falar, mas não tinha como provar."
Sobre o fato de Campos ser supostamente mentor dos desvios, Portela disse que o Estado abriu as portas para a investigação e que, se o ex-governador tem culpa, não cabe a ele julgar.
O delegado Julio César Baida Filho, 28, um dos que que apuram o "escândalo dos gafanhotos", declarou que as prisões deflagradas na semana passada ocorreram "dentro da normalidade" e sem "nenhum abuso".
O juiz federal Helder Cirão Barreto não quis se pronunciar sobre as declaração do ex-governador Neudo Campos. (JM)


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