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Justiça prorroga prisões de acusados
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BOA VISTA
A Justiça Federal em Roraima
autorizou ontem a prorrogação
por mais cinco dias das prisões
temporárias de 39 pessoas detidas
na última quarta-feira suspeitas
de envolvimento no "escândalo
dos gafanhotos". Duas pessoas
que contribuíram com as investigações foram liberadas. Entre os
que vão continuar detidos está o
ex-governador Neudo Campos.
A Polícia Federal já conseguiu
colher 35 depoimentos. Muitos
dos presos, mulheres e filhos de
deputados, ex-deputados e muitos dos procuradores do esquema
(aqueles que receberiam o salário
dos gafanhotos e repassariam a
maior parte para a autoridade à
qual eram ligados) negaram-se a
contar detalhes da trama.
Desde a deflagração da operação "Praga do Egito", que tinha 57
ordens de prisão a serem cumpridas, seis pessoas se entregaram e
nove estão foragidas, entre elas o
ex-diretor da Polícia Judiciária do
Estado, Ângelo Paiva, que foi exonerado na semana passada. Uma
das que tiveram a prisão decretada morreu a menos de um mês.
Os peritos da PF já iniciaram a
análise do material recolhido nas
buscas e apreensões que ocorrem
em três Estados.
Nenhum pedido de habeas corpus havia sido concedido até o final da tarde de ontem, pelo Tribunal Regional Federal, em Brasília.
(JM)
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