São Paulo, quinta-feira, 02 de janeiro de 2003

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ASSINATURA HISTÓRICA

Senador festeja uso de sua caneta por petista

Tebet celebra "vida severina" de Lula

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Congresso, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), comparou ontem, em seu discurso na cerimônia de posse, a vida de Luiz Inácio Lula da Silva à do personagem do poema épico "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto, sobre um retirante que foge da seca de Pernambuco em busca de sobrevivência em Recife.
"O país escreve um novo capítulo na sua história, ao empossar um brasileiro que conhece o Brasil por vivência própria, por sua vida severina", disse Tebet.
O senador festejou o fato de ter fornecido a Lula a caneta usada na assinatura do termo de posse.
"Quero dizer que sou um brasileiro feliz, porque, sr. presidente, Vossa Excelência assinou o termo de posse com a caneta do presidente do Congresso. Todos gostariam de ter esta caneta, e vou deixá-la em suas mãos, porque é histórica".
Logo após ser eleito, Lula recebera uma caneta do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), para assinar o termo de posse. Ela foi achada na roupa usada pelo líder metalúrgico Santo Dias, morto em confronto com a polícia nos anos 70.
O primeiro-secretário da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PPB-PE), quebrou o protocolo na cerimônia. Sua função era apenas ler o termo de posse do presidente, mas decidiu que deveria falar mais. "Não posso deixar de dizer a Lula que temos a mesma origem. Por coincidência, há 46 anos fui para SP também num pau-de-arara". (FR)


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