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ASSINATURA HISTÓRICA
Senador festeja uso de sua caneta por petista
Tebet celebra "vida severina" de Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Congresso,
senador Ramez Tebet (PMDB-MS), comparou ontem, em seu
discurso na cerimônia de posse,
a vida de Luiz Inácio Lula da Silva à do personagem do poema
épico "Morte e Vida Severina",
de João Cabral de Melo Neto, sobre um retirante que foge da seca de Pernambuco em busca de
sobrevivência em Recife.
"O país escreve um novo capítulo na sua história, ao empossar um brasileiro que conhece o
Brasil por vivência própria, por
sua vida severina", disse Tebet.
O senador festejou o fato de ter
fornecido a Lula a caneta usada
na assinatura do termo de posse.
"Quero dizer que sou um brasileiro feliz, porque, sr. presidente, Vossa Excelência assinou
o termo de posse com a caneta
do presidente do Congresso.
Todos gostariam de ter esta caneta, e vou deixá-la em suas
mãos, porque é histórica".
Logo após ser eleito, Lula recebera uma caneta do deputado
Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), para assinar o termo de
posse. Ela foi achada na roupa
usada pelo líder metalúrgico
Santo Dias, morto em confronto
com a polícia nos anos 70.
O primeiro-secretário da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PPB-PE), quebrou o protocolo na cerimônia. Sua função
era apenas ler o termo de posse
do presidente, mas decidiu que
deveria falar mais. "Não posso
deixar de dizer a Lula que temos
a mesma origem. Por coincidência, há 46 anos fui para SP também num pau-de-arara".
(FR)
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