São Paulo, quinta-feira, 02 de janeiro de 2003

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PT deve presidir Câmara, diz Alckmin

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na contramão de dirigentes paulistas do PSDB que pretendem lançar candidato à presidência da Câmara dos Deputados numa aliança com o PFL, o governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, defendeu ontem o uso do critério que dá ao PT o direito de ficar com o cargo.
Apontado como um dos presidenciáveis do PSDB para 2006, Alckmin disse que, "a princípio, o ideal é que seja respeitado o critério da proporcionalidade, beneficiando o partido que fez a maior bancada". O PT é o partido que elegeu 91 deputados federais em 2002. Para Alckmin, esse critério é da "tradição republicana".
Na opinião do governador de São Paulo, um dos poucos tucanos que compareceram à cerimônia de transmissão da faixa presidencial de FHC para Luiz Inácio Lula da Silva, a oposição ao PT não pode ser feita de "forma sistemática". Daí a defesa do respeito à proporcionalidade das bancadas para a eleição do presidente da Câmara. O candidato do PT ao posto é o atual líder do partido na Casa, João Paulo Cunha (SP).
Alckmin não se disse contrário à formação de um bloco parlamentar do PSDB com o PFL. Para ele, isso seria "desejável" para o cálculo do número de comissões e relatorias de projetos importantes que ficaram para tucanos e pefelistas. Isolados, os dois partidos pegariam posições de menor projeção pública. (KENNEDY ALENCAR)


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