DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado brasileiro é o terceiro maior no mundo para a Coca-Cola, perdendo apenas para os Estados Unidos e México. Os refrigerantes fabricados pela companhia responderam, em setembro do ano passado, por 55,4% do consumo do país, de acordo com dados do instituto de pesquisas Nielsen.
É o maior percentual da empresa no Brasil em 12 anos, o que mostra que a Coca-Cola vem se recuperando da perda de participação para refrigerantes mais populares e baratos. No passado, a companhia, que iniciou suas operações no país em 1942, chegou a ter 60% do mercado de refrigerantes. O número caiu para 45%, mas desde 2004 vem crescendo.
Em outubro do ano passado, quando a Coca-Cola divulgou em Atlanta (sua sede mundial) os resultados do terceiro trimestre de 2006, citou o Brasil como destaque. A companhia informou que a expansão de 7% nas vendas dos países que compõem sua operação internacional foi reflexo da alta de dois dígitos no consumo em "países-chave", como Brasil, Argentina, parte da África e da Europa.
No terceiro trimestre de 2006, o brasileiro tomou 11% mais bebidas da Coca-Cola na comparação com o mesmo período do ano retrasado, expansão que ocorre em um ritmo mais acelerado do que em mercados como o mexicano, indiano ou japonês, além de ser superior à média do crescimento na América do Norte, União Européia ou América Latina.
De janeiro a setembro de 2006, o grupo teve uma receita operacional líquida mundial de US$ 18,1 bilhões, um crescimento de 3% em relação ao mesmo período de 2005.
Apesar dos investimentos que vem fazendo em produtos mais saudáveis, como sucos e águas aromatizadas, executivos da companhia já declararam que é no segmento de refrigerantes que a Coca-Cola tem mais espaço para crescer no Brasil: o consumo per capita dos mexicanos, por exemplo, com perfil similar ao dos brasileiros, é 3,5 vezes maior.


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