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Congresso tem estrutura de uma cidade
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Congresso Nacional é bem
mais do que as duas torres e as
duas cuias que aparecem nos cartões postais. Com um orçamento
anual de R$ 3 bilhões -35% a
mais do que o do município de
Belo Horizonte, por exemplo- a
sede do Parlamento tem a estrutura de uma pequena cidade. Por
ali circulam diariamente mais de
20 mil pessoas.
Prédios distribuídos numa extensão de 1.300 metros somam
350 mil m2 de área construída -o
equivalente a 3.500 apartamentos
de tamanho médio.
Só a Câmara tem 11.500 funcionários na ativa. Para receber tanta
gente, os estacionamentos reservam 5.029 vagas.
Como qualquer cidade, o Congresso conta com nove agências
bancárias, cinco restaurantes, seis
lanchonetes, duas agências dos
Correios, duas emissoras de televisão, duas emissoras de rádio e
dois jornais diários.
Algumas de suas salas são emprestadas ou alugadas para presidências de partidos políticos e assessorias parlamentares dos ministérios.
Em casos de emergência, entra
em funcionamento uma usina geradora de energia elétrica com capacidade para atender uma cidade de 35 mil habitantes. A usina
está instalada na gráfica do Senado -a mais bem equipada de
Brasília, com um orçamento próprio de R$ 22 milhões. A Câmara
reservou R$ 12 milhões no orçamento deste ano para construir a
sua própria gráfica.
A maior parte do orçamento paga os salários e aposentadorias
dos 23.194 servidores, entre ativos
e inativos. Mas também são elevadas as despesas com energia elétrica (R$ 10,2 milhões), telefone
(R$ 16,8 milhões) e água (R$ 3,3
milhões).
Até as despesas menores impressionam. Câmara e Senado
gastam R$ 330 mil por ano com
água mineral e R$ 142 mil com pó
de café.
(LUCIO VAZ)
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