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CASO SILVEIRINHA
Os nomes de Heraldo da Silva Braga e Leonides Pires de Lima são listados em relatório do Ministério Público suíço
Suíça cita mais 2 auditores com conta no país
FERNANDA DA ESCÓSSIA
MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO
Mais dois auditores da Receita
Federal são listados na carta rogatória do Ministério Público suíço
como titulares de contas naquele
país: Heraldo da Silva Braga e
Leonides Pires de Lima.
Braga, até então, aparecia apenas como beneficiário da conta
do auditor Axel Ripol Hamer,
com US$ 664 mil. A carta rogatória enviada à Justiça brasileira informa que Braga é também titular
da conta 101278, aberta em 22 de
março de 1995 na sucursal do Rio
do DBTC (Discount Bank and
Trust Company). O saldo de sua
conta não é informado.
Braga é procurador da conta no
DBTC do auditor Roberto Cavallieri Vommaro, também investigado pelo Ministério Público suíço e cuja conta tinha, em 2001,
US$ 36,9 mil. Vommaro, por sua
vez, foi procurador da conta de
Braga até 1995.
O outro auditor citado no documento, Leonides Pires de Lima, é,
segundo o Ministério Público suíço, o titular da conta 182101 ZM,
aberta em conjunto com Tânia
Maria Gonçalves Basso de Lima,
em fevereiro de 1997. Axel Hamer
é o beneficiário dessa conta.
O relatório afirma que, em 10 de
março de 1997, foram depositados na conta de Lima US$ 900 mil.
Em dezembro do mesmo ano, o
saldo era de US$ 568 mil e, um
ano depois, caiu para US$ 339 mil.
Em dezembro de 1999, a conta de
Lima foi esvaziada. A conta foi
bloqueada pela Justiça suíça
quando o Ministério Público daquele país começou a investigar o
caso, no ano passado.
A Procuradoria suíça não pede
informações sobre Braga nem sobre Lima. Os nomes dos dois aparecem no relatório por causa das
ligações com Vommaro e Hamer.
Com esses novos nomes, chega
a oito o número de auditores federais com contas na Suíça, além
de cinco fiscais estaduais, entre os
quais Rodrigo Silveirinha Corrêa,
subsecretário de Administração
Tributária na gestão de Anthony
Garotinho (PSB, 1999 a abril de
2002). Os depósitos somariam pelo menos US$ 33,4 milhões.
A CPI do "Propinoduto", criada
na Assembléia Legislativa do Rio
para investigar o caso, vai entregar um relatório preliminar ao
Ministério Público Federal e à Justiça pedindo que os cinco fiscais
do Rio sejam denunciados por
improbidade administrativa,
concussão (extorsão cometida
por funcionário público), formação de quadrilha e perjúrio.
Heraldo Braga e Leonides Lima
foram procurados pela Folha e
não foram localizados. O advogado dos cinco fiscais e de dois auditores, Clóvis Sahione, disse que o
relatório do Ministério Público
suíço, sem documentos bancários, não serve como prova contra
seus clientes. Os fiscais e auditores
negam possuir conta na Suíça.
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