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Protesto contra Expo
termina com prisões
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
A primeira feira mundial da
Alemanha, a Expo 2000, foi inaugurada ontem, em Hannover, ao
som de uma escola de samba e de
protestos anti-capitalistas.
Mais de 300 manifestantes gritavam palavras de ordem contra o
evento e exibiam cartazes dizendo
que os milhões de dólares gastos
(US$ 190 milhões, segundo estimativas) poderiam ter sido investidos em educação e geração de
empregos.
"É um desperdício de dinheiro
público gastar com VIPs e grandes empresas. Deveria ser gasto
com pessoas", disse uma estudante, identificada apenas como Nina, à agência "Reuters".
A polícia prendeu mais de cem
manifestantes no início da tarde.
Segundo um porta-voz da polícia,
até o meio-dia a manifestação foi
pacífica, mas logo depois alguns
grupos se desagregaram do protesto provocando incidentes violentos e atirando petardos.
Dois dos ativistas se amarraram
a uma ponte dentro do salão da
Expo, usando equipamentos de
montanhismo. Outros 12 se
amarraram a um prédio com correntes de bicicleta, mas foram retirados pela segurança.
Alguns dos ativistas tentaram
impedir o acesso de carros à exposição, bloqueando as entradas
com pneus incendiados, mas foram afastados pela polícia. Os
bombeiros foram ao local devido
ao incêndio de latas de lixo.
A polícia confirmou que havia
revistado um acampamento de
anarquistas, apelidado de "Complexo Fausto", na quarta-feira.
Nenhuma prisão foi feita, mas teriam sido apreendidos coquetéis
Molotov.
O primeiro-ministro alemão,
Gerhard Schroeder, declarou que
a Alemanha aceita manifestações,
desde que não atuem contra a lei.
Os protestos não chegaram a
impedir o tráfego. Os visitantes
do primeiro dia da exposição pagaram US$ 57 pela entrada, quase
o dobro do preço que será cobrado nos outros dias.
Os organizadores admitem ter
dado entradas gratuitas a cerca de
30 mil estudantes e 6 mil homens
que trabalharam no prédio da Expo, para atingir a marca de 100 mil
visitantes.
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