São Paulo, sexta-feira, 02 de junho de 2000


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Protesto contra Expo termina com prisões

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A primeira feira mundial da Alemanha, a Expo 2000, foi inaugurada ontem, em Hannover, ao som de uma escola de samba e de protestos anti-capitalistas.
Mais de 300 manifestantes gritavam palavras de ordem contra o evento e exibiam cartazes dizendo que os milhões de dólares gastos (US$ 190 milhões, segundo estimativas) poderiam ter sido investidos em educação e geração de empregos.
"É um desperdício de dinheiro público gastar com VIPs e grandes empresas. Deveria ser gasto com pessoas", disse uma estudante, identificada apenas como Nina, à agência "Reuters".
A polícia prendeu mais de cem manifestantes no início da tarde. Segundo um porta-voz da polícia, até o meio-dia a manifestação foi pacífica, mas logo depois alguns grupos se desagregaram do protesto provocando incidentes violentos e atirando petardos.
Dois dos ativistas se amarraram a uma ponte dentro do salão da Expo, usando equipamentos de montanhismo. Outros 12 se amarraram a um prédio com correntes de bicicleta, mas foram retirados pela segurança.
Alguns dos ativistas tentaram impedir o acesso de carros à exposição, bloqueando as entradas com pneus incendiados, mas foram afastados pela polícia. Os bombeiros foram ao local devido ao incêndio de latas de lixo.
A polícia confirmou que havia revistado um acampamento de anarquistas, apelidado de "Complexo Fausto", na quarta-feira. Nenhuma prisão foi feita, mas teriam sido apreendidos coquetéis Molotov.
O primeiro-ministro alemão, Gerhard Schroeder, declarou que a Alemanha aceita manifestações, desde que não atuem contra a lei.
Os protestos não chegaram a impedir o tráfego. Os visitantes do primeiro dia da exposição pagaram US$ 57 pela entrada, quase o dobro do preço que será cobrado nos outros dias.
Os organizadores admitem ter dado entradas gratuitas a cerca de 30 mil estudantes e 6 mil homens que trabalharam no prédio da Expo, para atingir a marca de 100 mil visitantes.


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