São Paulo, quarta-feira, 02 de junho de 2004

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Conversas sobre "negócio" teriam sido feitas em celular de araponga

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Federal investigará a origem de um aparelho de telefone celular da TIM utilizado para as conversas que ocorreram ao longo dos últimos 30 dias entre o advogado Pedro Lindolfo Sarlo e o chefe da inteligência da CPI da Pirataria, Fernando Miranda.
Nas negociações, monitoradas primeiro pela CPI e, depois, pela PF de Brasília a pedido do próprio Miranda e do deputado federal Luiz Medeiros (PL-SP), Sarlo fez supostas propostas de suborno do presidente da comissão.
O telefone móvel foi entregue por Sarlo, que falava em nome do empresário Law Chong, ao assessor da CPI sob alegação de que era imune a interceptações telefônicas, pois o recebera de contatos seus na Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
No decorrer dos dias, Sarlo enviou a Miranda cinco diferentes chips que deveriam ser instalados no aparelho da TIM. Os números desses chips correspondiam a telefones registrados em nome de pessoas diversas. A CPI suspeita de que se tratem de "laranjas".
Em um dos contatos, Miranda falou com o próprio Chong pelo aparelho -Sarlo fez a ligação e a transferiu para o empresário.
Além do celular, Miranda e Medeiros receberam de Sarlo, como presente, quatro quadros de porcelana com gravuras de mulheres orientais seminuas. (RV e CG)


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