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Doações de sangue
caem até 30% em SP
DA REDAÇÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O número de doações de sangue no Estado de São Paulo caiu
de 2.300 por dia para 1.950, uma
queda de 15%. O decréscimo, segundo a Secretaria de Estado da
Saúde, é em razão da Operação
Vampiro -as doações diminuíram a partir de 19 de maio, quando ocorreram as prisões do caso.
Em Campinas e Marília, a queda foi mais acentuada -18% e
30%, respectivamente.
Segundo o órgão, a população
pode estar confusa por causa da
operação, que envolve hemoderivados. Esse medicamento, usado
no tratamento da hemofilia, é extraído de uma parte do sangue, o
plasma, que é pouco aproveitado
nas transfusões sangüíneas.
"As pessoas acham que o sangue que doam vai direto para o
hemoderivado, o que não é verdade", explicou Edison Keiji Yamamoto, coordenador da Hemorede
estadual. Se comparado o período
de 19 a 31 de maio deste ano com o
do ano passado, percebe-se queda
de 16,5% -neste ano, foram feitas cerca de 23.400 doações, contra 28 mil em 2003.
Na esteira do escândalo de fraudes para a compra de hemoderivados, a Câmara aprovou ontem
a criação da "Hemobrás", estatal
para fabricar o medicamento.
Ainda têm que ser votadas propostas de alteração do texto e, depois, o projeto de lei vai ao Senado. A intenção é que a fabricação
própria reduziria a necessidade
de realização de licitações com
empresas estrangeiras.
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