São Paulo, quarta-feira, 02 de junho de 2004

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Doações de sangue caem até 30% em SP

DA REDAÇÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O número de doações de sangue no Estado de São Paulo caiu de 2.300 por dia para 1.950, uma queda de 15%. O decréscimo, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, é em razão da Operação Vampiro -as doações diminuíram a partir de 19 de maio, quando ocorreram as prisões do caso.
Em Campinas e Marília, a queda foi mais acentuada -18% e 30%, respectivamente.
Segundo o órgão, a população pode estar confusa por causa da operação, que envolve hemoderivados. Esse medicamento, usado no tratamento da hemofilia, é extraído de uma parte do sangue, o plasma, que é pouco aproveitado nas transfusões sangüíneas.
"As pessoas acham que o sangue que doam vai direto para o hemoderivado, o que não é verdade", explicou Edison Keiji Yamamoto, coordenador da Hemorede estadual. Se comparado o período de 19 a 31 de maio deste ano com o do ano passado, percebe-se queda de 16,5% -neste ano, foram feitas cerca de 23.400 doações, contra 28 mil em 2003.
Na esteira do escândalo de fraudes para a compra de hemoderivados, a Câmara aprovou ontem a criação da "Hemobrás", estatal para fabricar o medicamento.
Ainda têm que ser votadas propostas de alteração do texto e, depois, o projeto de lei vai ao Senado. A intenção é que a fabricação própria reduziria a necessidade de realização de licitações com empresas estrangeiras.


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