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ESCÂNDALO DO "MENSALÃO"/ CPI
Acusado de operar "mensalão", sócio da SMPB e da DNA rechaça comparação com PC Farias e diz que deputado está desatinado
Jefferson age com "cinismo", diz Valério
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Marcos Valério, sócio das agências de publicidade SMPB Comunicação e DNA Propaganda, classificou ontem de "desatino, desespero e cinismo" as acusações feitas pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Valério disse "repelir" o que chamou de "tentativa" do deputado petebista de
compará-lo a PC Farias, e contra-atacou afirmando ter sido o próprio Jefferson "aplicado defensor" e "parceiro político" de PC.
Paulo César Farias foi o tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello,
que sofreu processo de impeachment e deixou a Presidência da
República, em 1992. Quatro anos
depois, o corpo de PC foi encontrado com um tiro na sua casa de
praia em Alagoas.
Em nota de sua assessoria de
imprensa, o publicitário ironizou
ao dizer que "reconhece plena autoridade no deputado Roberto
Jefferson para falar sobre as atividades de PC Farias, tendo em vista a notória participação do parlamentar no que a imprensa denominou de "tropa de choque" do ex-presidente Fernando Collor".
Acrescentou que "jamais teve
com o deputado Jefferson qualquer tipo de relação, em qualquer
nível, que autorize o parlamentar
a compará-lo com aquele de
quem o deputado foi parceiro político e aplicado defensor".
A nota foi distribuída devido ao
depoimento de Jefferson à CPI
dos Correios, que terminou na
madrugada de ontem. Em diversos momentos de seu depoimento, Jefferson comparou PC Farias
a Delúbio Soares, o tesoureiro do
PT, e a Valério, que acusa de ser o
"operador" de Delúbio no pagamento do suposto "mensalão".
Jefferson disse, por exemplo:
"Em todas as contas do PC Farias
passaram R$ 64 milhões, e nas
contas do Marcos Valério já passaram R$ 45 milhões". "O empresário Marcos Valério Fernandes
de Souza reafirma que são infundadas, fantasiosas e aparentemente produzidas por desatino,
desespero e cinismo as acusações
reiteradas pelo deputado federal
Roberto Jefferson", diz a nota.
"[Marcos Valério] repele a tentativa do deputado em compará-lo
a Paulo César Farias -apontado
como tesoureiro de campanha
eleitoral e como operador do que
ficou conhecido como esquema
Collor/ PC", acrescentou.
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