São Paulo, quinta, 2 de julho de 1998

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Empresários temem sem-terra

da Reportagem Local

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) é uma das maiores preocupações dos empresários que estão se reunindo com o comando de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em encontro anteontem à noite, organizado pelo presidente do Banco Pontual, José Baía Sobrinho, um grupo de 25 empresários paulistas quis saber dos formuladores do programa de governo de Lula até que ponto as teses defendidas pelo MST são encampadas pelo PT.
"Explicamos que o movimento tem autonomia. O Stedile fala aquilo que bem entende e isso não significa que estejamos de acordo", disse o economista Guido Mantega, referindo-se ao líder do MST, João Pedro Stedile. "Quando ele disse que os investidores estrangeiros não deveriam colocar dinheiro no Brasil, não concordamos, porque achamos que o país precisa de poupança externa."
Ao falar ontem sobre os quatro anos do Plano Real, Mantega criticou a sobrevalorização cambial, que "abriu demais a economia para as importações" e bateu nos juros altos.
O economista disse que um eventual governo petista terá como prioridade fazer a reforma fiscal para equilibrar as contas públicas. (PATRÍCIA ANDRADE)



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