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Empresários temem sem-terra
da Reportagem Local
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) é uma
das maiores preocupações dos
empresários que estão se reunindo
com o comando de campanha de
Luiz Inácio Lula da Silva.
Em encontro anteontem à noite,
organizado pelo presidente do
Banco Pontual, José Baía Sobrinho, um grupo de 25 empresários
paulistas quis saber dos formuladores do programa de governo de
Lula até que ponto as teses defendidas pelo MST são encampadas
pelo PT.
"Explicamos que o movimento
tem autonomia. O Stedile fala
aquilo que bem entende e isso não
significa que estejamos de acordo", disse o economista Guido
Mantega, referindo-se ao líder do
MST, João Pedro Stedile. "Quando ele disse que os investidores estrangeiros não deveriam colocar
dinheiro no Brasil, não concordamos, porque achamos que o país
precisa de poupança externa."
Ao falar ontem sobre os quatro
anos do Plano Real, Mantega criticou a sobrevalorização cambial,
que "abriu demais a economia
para as importações" e bateu nos
juros altos.
O economista disse que um
eventual governo petista terá como prioridade fazer a reforma fiscal para equilibrar as contas públicas.
(PATRÍCIA ANDRADE)
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