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Procuradora
recebe ameaças
da Sucursal do Rio
Autora de denúncias contra policiais federais da Superintendência da PF no Rio, a procuradora da
República Anaiva Oberst Cordovil
teve o pneu de seu carro cortado e
sofreu ameaças telefônicas.
O carro teve um pneu descascado propositalmente, de acordo
com análise da equipe de segurança da Procuradoria da República
no Rio. Na sede carioca do Ministério Público Federal, o ataque ao
carro da procuradora é encarado
como um atentado. O carro só não
se acidentou porque ela foi alertada de que estranhos haviam mexido no pneu.
A Folha tentou, durante dois
dias, ouvir a procuradora sobre o
episódio. Anaiva Cordovil sempre
mandou dizer pela secretária que
não falaria, pois estava em reunião.
A secretária disse que a procuradora não atuava mais na Coordenadoria Criminal do Ministério
Público Federal no Rio. Ela recomendou que fosse entrevistado o
coordenador criminal, procurador Artur Gueiros, que passa a semana em Brasília. Gueiros não foi
localizado.
Para procuradores que trabalham no Rio, os motivos das
ameaças contra Anaiva Cordovil
são as denúncias feitas por ela
contra quatro agentes federais e
um delegado da superintendência.
Três agentes foram denunciados
pela procuradora à Justiça Federal
do Rio. Eles são acusados de matar
o suposto traficante de armas Rubernil Tomáz da Silva, em 95. O
delegado e o quarto agente foram
denunciados por suposta prática
de prevaricação, pois não teriam
investigado o caso.
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