São Paulo, quinta, 2 de julho de 1998

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Procuradora recebe ameaças

da Sucursal do Rio

Autora de denúncias contra policiais federais da Superintendência da PF no Rio, a procuradora da República Anaiva Oberst Cordovil teve o pneu de seu carro cortado e sofreu ameaças telefônicas.
O carro teve um pneu descascado propositalmente, de acordo com análise da equipe de segurança da Procuradoria da República no Rio. Na sede carioca do Ministério Público Federal, o ataque ao carro da procuradora é encarado como um atentado. O carro só não se acidentou porque ela foi alertada de que estranhos haviam mexido no pneu.
A Folha tentou, durante dois dias, ouvir a procuradora sobre o episódio. Anaiva Cordovil sempre mandou dizer pela secretária que não falaria, pois estava em reunião.
A secretária disse que a procuradora não atuava mais na Coordenadoria Criminal do Ministério Público Federal no Rio. Ela recomendou que fosse entrevistado o coordenador criminal, procurador Artur Gueiros, que passa a semana em Brasília. Gueiros não foi localizado.
Para procuradores que trabalham no Rio, os motivos das ameaças contra Anaiva Cordovil são as denúncias feitas por ela contra quatro agentes federais e um delegado da superintendência.
Três agentes foram denunciados pela procuradora à Justiça Federal do Rio. Eles são acusados de matar o suposto traficante de armas Rubernil Tomáz da Silva, em 95. O delegado e o quarto agente foram denunciados por suposta prática de prevaricação, pois não teriam investigado o caso.



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