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CPI escolhe deputado responsável pela investigação do Executivo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Foram nomeados ontem os
deputados que cuidarão da investigação da relação entre a
máfia dos sanguessugas e o Poder Executivo: Albérico Filho
(PMDB-MA) e Júlio Redecker
(PSDB-RS).
"Na minha terra, há um ditado falando que não devemos
colocar o carro na frente dos
bois", disse Redecker ao anunciar que não defenderá a convocação dos ex-ministros neste
momento.
O surgimento de novas suspeitas de envolvimento do Executivo no esquema dos sanguessugas não alterou a intenção da CPI de investigar a suposta participação de ex-ministros da Saúde só em uma segunda etapa, após o relatório
que apontará ou não o envolvimento dos parlamentares.
O presidente da comissão,
deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse que entrar
nesse caso agora tumultuaria
os trabalhos: "Minha posição é
que não devemos entrar nisso
agora, já que poderia tumultuar
e trazer a disputa política para a
comissão. Isso não impede de
haver, no momento adequado,
a investigação necessária", declarou Biscaia.
80 nomes
O presidente da CPI disse
ontem ter a convicção de que
há provas para pedir a cassação
de cerca de 80 dos 90 investigados pela comissão. Apesar disso, afirmou que o número final
dependerá da convicção do relator, o senador Amir Lando
(PMDB-RO).
Hoje a CPI pode ouvir, em
depoimento fechado e restrito
a alguns parlamentares, o empresário Luiz Antonio Trevisan
Vedoin, um dos donos da Planam, empresa que encabeçaria
a fraude dos sanguessugas.
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