DA SUCURSAL DO RIO

Nordestino de Caetés (PE), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem no Rio que seus conterrâneos "não querem ser vistos apenas como ajudante de pedreiro ou pedreiro, ou como pobre que mora em favela".
Homenageado pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Lula defendeu uma maior divulgação da cultura nordestina. Afirmou que "mudou a lógica" ao investir mais nos Estados do Norte e criticou a TV.
"Normalmente a televisão brasileira leva para o Norte e o Nordeste a cultura do Sul para que a gente aprenda. É preciso também trazer de lá para cá. Para que o Brasil aprenda que existe muito mais coisa no Brasil do que apenas a parte mais rica do país", disse, no Centro Cultura da Ação da Cidadania.
Lula disse que o ex-ministro Gilberto Gil (Cultura) sofreu ao "distribuir o dinheiro da cultura" pelo país. "Houve críticas, acusações, até ofensas, porque tudo estava antes no eixo desenvolvido."
"Nada contra o Sul, porque devo tudo o que sou ao Sudeste. Mas é preciso que a gente entenda, de uma vez por todas: o povo do Nordeste não quer ser visto apenas como ajudante de pedreiro ou pedreiro, ou como pobre que mora em favela".
(ITALO NOGUEIRA)


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