São Paulo, domingo, 02 de setembro de 2001

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Escândalo mexicano expôs banco em 98

SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK

Se confirmada a participação do Citibank no episódio da ilha de Jersey, não será a primeira vez que o segundo maior banco norte-americano vê seu nome ganhar as páginas de jornais num caso de acusação de lavagem de dinheiro envolvendo políticos.
Em 1998, o Congresso norte-americano divulgou relatório em que afirmava que a empresa ajudou Raul Salinas, irmão do então presidente do México, Carlos Salinas, a remeter para paraísos fiscais US$ 100 milhões de dólares ganhos ilegalmente.
Segundo o documento, o dinheiro vinha de negócios do primeiro-irmão mexicano com traficantes de drogas e também de propinas de empresários locais. Chegava às agências de Nova York e, daqui, partia para contas do Citibank na Suíça abertas em nomes de empresas nas Ilhas Cayman sem que ninguém fizesse perguntas. Raul está preso.
A diligência, conduzida pelo Subcomitê Permanente de Investigações do Senado, não poupava nem mesmo o presidente da corporação, John Reed, que era amigo pessoal de Carlos Salinas.
À época, o vice-presidente de assuntos corporativos, Richard Howe, declarou que a instituição "não tem motivos para acreditar que se envolveu em alguma prática ilegal ou antiética".



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