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Escândalo mexicano expôs banco em 98
SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK
Se confirmada a participação
do Citibank no episódio da ilha de
Jersey, não será a primeira vez que
o segundo maior banco norte-americano vê seu nome ganhar as
páginas de jornais num caso de
acusação de lavagem de dinheiro
envolvendo políticos.
Em 1998, o Congresso norte-americano divulgou relatório em
que afirmava que a empresa ajudou Raul Salinas, irmão do então
presidente do México, Carlos Salinas, a remeter para paraísos fiscais US$ 100 milhões de dólares
ganhos ilegalmente.
Segundo o documento, o dinheiro vinha de negócios do primeiro-irmão mexicano com traficantes de drogas e também de
propinas de empresários locais.
Chegava às agências de Nova
York e, daqui, partia para contas
do Citibank na Suíça abertas em
nomes de empresas nas Ilhas Cayman sem que ninguém fizesse
perguntas. Raul está preso.
A diligência, conduzida pelo
Subcomitê Permanente de Investigações do Senado, não poupava
nem mesmo o presidente da corporação, John Reed, que era amigo pessoal de Carlos Salinas.
À época, o vice-presidente de
assuntos corporativos, Richard
Howe, declarou que a instituição
"não tem motivos para acreditar
que se envolveu em alguma prática ilegal ou antiética".
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