São Paulo, domingo, 02 de setembro de 2001

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Advogado ofereceu fitas a Mauro Salles

DA SUCURSAL DO RIO

Cópias das fitas obtidas com os grampos telefônicos de Paulo Marinho e Tanure circularam em alguns escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo antes de serem divulgadas pela ""Veja".
O empresário Mauro Salles, consultor do Opportunity e de outras grandes empresas, admitiu publicamente ter tomado conhecimento da existência das fitas cerca de 20 dias antes da publicação. Na última quinta-feira, Salles confirmou o fato em entrevista à Folha.
Ele disse que um advogado lhe ofereceu as fitas e lhe contou, resumidamente, o conteúdo delas.

Recusa
Ele diz que recusou a oferta e nega-se a apontar o advogado que lhe ofereceu o material. Salles, no entanto, dá uma pista para as investigações: segundo ele, trata-se de um advogado aficionado por carros antigos.
Uma das versões que circularam na época dava conta de que o ex-governador do Rio Grande do Sul Antônio Britto também teria sabido das fitas antes da publicação e comunicado o fato ao ex-chefe da Casa Civil da Presidência da República Clóvis Carvalho.

Conselheiro
Brito e Carvalho apareceram na história por serem conselheiros da holding Solpart, que controla a companhia telefônica Brasil Telecom, da qual o Opportunity é sócio.
O ex-governador gaúcho chegou a ser interpelado judicialmente sobre o assunto por Nelson Tanure, mas negou que soubesse das das fitas antes da publicação.



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