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Advogado ofereceu fitas a Mauro Salles
DA SUCURSAL DO RIO
Cópias das fitas obtidas com os
grampos telefônicos de Paulo Marinho e Tanure circularam em alguns escritórios no Rio de Janeiro
e em São Paulo antes de serem divulgadas pela ""Veja".
O empresário Mauro Salles,
consultor do Opportunity e de
outras grandes empresas, admitiu
publicamente ter tomado conhecimento da existência das fitas
cerca de 20 dias antes da publicação. Na última quinta-feira, Salles
confirmou o fato em entrevista à
Folha.
Ele disse que um advogado lhe
ofereceu as fitas e lhe contou, resumidamente, o conteúdo delas.
Recusa
Ele diz que recusou a oferta e nega-se a apontar o advogado que
lhe ofereceu o material. Salles, no
entanto, dá uma pista para as investigações: segundo ele, trata-se
de um advogado aficionado por
carros antigos.
Uma das versões que circularam na época dava conta de que o
ex-governador do Rio Grande do
Sul Antônio Britto também teria
sabido das fitas antes da publicação e comunicado o fato ao ex-chefe da Casa Civil da Presidência
da República Clóvis Carvalho.
Conselheiro
Brito e Carvalho apareceram na
história por serem conselheiros
da holding Solpart, que controla a
companhia telefônica Brasil Telecom, da qual o Opportunity é sócio.
O ex-governador gaúcho chegou a ser interpelado judicialmente sobre o assunto por Nelson
Tanure, mas negou que soubesse
das das fitas antes da publicação.
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