São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Projeto para rio revive divergências políticas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O anúncio da verba recorde para a transposição das águas do São Francisco reacendeu velha divergência entre os políticos do Nordeste a respeito do tema.
Em linhas gerais, os parlamentares que representam Estados e áreas próximas ao curso do São Francisco são contra a transposição. Os demais são a favor.
"Não adianta transpor uma coisa que está se esvaindo", afirmou o presidente da comissão especial da Câmara dos Deputados que trata da revitalização da Bacia do São Francisco, deputado Fernando de Fabinho (PFL-BA).
A corrente contrária diz que o mais urgente é a revitalização do rio, com a recuperação da mata ciliar (vegetação que se desenvolve ao longo do curso dos rios), o desassoreamento e a revitalização de nascentes e afluentes.
O segundo-vice-presidente da comissão, Daniel Almeida (PC do B-BA), que também é integrante da Frente Parlamentar em Defesa da Revitalização do São Francisco, defende mais discussão. "Deve haver um debate mais aprofundado, o São Francisco não tem água suficiente para ser transportada, é preciso a integração com a bacia do rio Tocantins", afirmou.
O deputado José Pimentel (PT-CE), da ala favorável à medida, disse que há acordo para que sejam iniciadas a revitalização e a transposição. Segundo ele, a verba de 2005 será usada para dar início à construção da primeira adutora para a transposição. "Há unidade política em torno dessa grande obra, que se arrasta desde o Império." (RANIER BRAGON)


Texto Anterior: Custo da água desviada é questão sem resposta
Próximo Texto: Para secretário baiano, dados não convencem
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.