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DATAFOLHA
43% acham regular ação de parlamentares
Congresso é ruim ou péssimo para 31%
CLÓVIS ROSSI
do Conselho Editorial
Para 31% dos eleitores brasileiros, os congressistas -deputados
federais e senadores- que chegam ao final de seu mandato têm
avaliação "ruim/péssima".
Essa porcentagem negativa só é
inferior à dos três governadores de
pior desempenho entre os dez pesquisados pelo Datafolha. São eles
Marcello Alencar (RJ), com 34% de
"ruim/péssimo", Miguel Arraes
(PE), com 46%, e Paulo Afonso
(SC), com 48% -os três deixaram
o cargo na sexta-feira. O presidente Fernando Henrique Cardoso
tem 25% de avaliação negativa.
Esses resultados surgem em pesquisa do Datafolha, feita em 10 e 11
de dezembro, com 11.828 eleitores
em todo o país. Os resultados para
o presidente e para os governadores foram publicados em 27 e 28 de
dezembro, respectivamente. A
margem de erro é de dois pontos.
De todo modo, a maioria relativa
(43%) considera "regular" o desempenho dos congressistas eleitos em 1994 e que estão encerrando
seus mandatos.
"Ótimo/bom" é qualificativo a
que recorrem apenas 18%. Nesse
caso, é o mais baixo índice de "ótimo/bom" entre todos os representantes eleitos da população (presidente e os dez governadores pesquisados pelo Datafolha, além dos
congressistas federais).
Não houve, nos quatro anos de
mandato, variação significativa na
avaliação do Congresso Nacional.
O "regular" predominou sempre,
seguido de "ruim/péssimo".
Houve um pico de desprestígio
em março do ano passado (33% de
"ruim/péssimo", de todo modo
não muito diferente dos 31% agora
registrados). O melhor momento
do Congresso deu-se na primeira
pesquisa após a posse, exatamente
em setembro de 95, quando 22%
dos consultados consideravam
"ótimo/bom" o desempenho dos
parlamentares.
Em relação ao novo Congresso,
41% dos pesquisados esperam que
ele tenha um trabalho "ótimo/
bom", mais que o dobro, portanto,
dos 18% que agora consideram que
o desempenho dos parlamentares
merece tal qualificativo.
O Rio é o Estado mais crítico:
apenas 11% de seus eleitores dão
"ótimo/bom" para o Congresso.
De modo geral, são os eleitores
teoricamente mais informados os
que mais descontentes estão com o
Congresso: só 11% dos eleitores
com nível educacional superior
consideram "ótimo/bom" o seu
trabalho, contra 21% entre eleitores que não foram além do 1º grau.
Os mais ricos e os habitantes das
regiões metropolitanas são mais
críticos que os que ganham até 10
salários-mínimos e os que vivem
no interior.
Por partido de preferência, os do
PPB têm julgamento mais negativo
do Congresso: apenas 8% acham
"ótimo/bom" o seu desempenho.
Os mais jovens são os menos críticos, quando a divisão da pesquisa
é por idade: 23% consideram "ótimo/bom" o Congresso.
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